O Senhor Jesus
Num destes últimos dias do período da
Páscoa, pelo fim da tarde, uma senhora acompanhada de um jovem bateu-me à porta
de casa para me perguntar se eu estava interessado em participar num evento do
senhor Jesus.
Quando percebi a que senhor Jesus ela se
referia hesitei em dizer-lhe que tinha uma grande admiração e respeito por
Jesus mas era o Jesus histórico. Calei-me… para ela só havia um Jesus que não
era o histórico mas, dizer-lhe isso, podia ser considerado provocatório ou
desafiador. Como justificação esclareci-a, apenas, que não era religioso nem
crente.
A
senhora, com alguma comiseração na voz, respondeu-me que compreendia… e começou
a descer os degraus. Interrompi-a no movimento para lhe dizer que eu também
compreendia que ela fosse crente, religiosa e devota do senhor Jesus.
Agradeceu, despediu-se e continuou a
descer as escadas.
Estou certo que ela não percebeu a minha
“compreensão”. Eu estava, na minha qualidade de não crente, a pôr-me num plano
de igualdade, dando-lhe a entender que eu era tão merecedor da compreensão dela
como ela da minha.
Os crentes, na sua quase totalidade, têm
pena dos não crentes e estou quase certo que rezam por eles, pela salvação das
suas almas.
Consideram-nos uma espécie de
“aleijadinhos” a quem falta qualquer coisa. A uns um braço ou uma perna, a eles a fé.
Credores da sua compreensão, do seu amor em Cristo porque ele afirmou que os homens eram todos iguais, seguem a sua palavra e amam-nos como uma das formas de lhe obedecerem e ganharem o céu.
Credores da sua compreensão, do seu amor em Cristo porque ele afirmou que os homens eram todos iguais, seguem a sua palavra e amam-nos como uma das formas de lhe obedecerem e ganharem o céu.
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