Emigração dos jovens: um drama para os que saem ou para o país?... |
Uma lição do 1ºMinistro
Italiano ao 1º Ministro Português
«No sábado, um leitor do italiano
Claro, caímos na
tentação de comparar o incómodo do líder italiano com as declarações infelizes
de Passos sobre o mesmo assunto. Este, logo depois de ser eleito, disse aos
jovens portugueses para saírem da sua "zona de conforto",
convidando-os a emigrar, como um gerente de restaurante diz: "estamos
cheios" a clientes supérfluos. Se emigrar pode ser uma solução, pode, mas
não deve ser incentivada por um líder político.
Como ontem o italiano Letta disse, o papel do político é
outro: "(...) o nosso primeiro, irrenunciável, objectivo será simbolicamente
pôr o amigo de António nas condições de escolher ir embora ou ficar." De
conselhos sobre soluções naturais, como emigrar ou respirar, os portugueses não
precisam, está-lhes no ADN. "Ide embora" pode ser desculpa de
restaurador, mas em político é sacudir o capote. E, já agora, há que dizer que
as vítimas principais desta história são capazes de não ser aqueles que partem.
Os peritos em emigração são unânimes em reconhecer que os que partem são os
melhores. Mas desta vez não são os mais fortes da aldeia, é mesmo a elite do
País que emigra, os jovens mais sábios e preparados. Por cá vai ficando uma
zona de desconforto que nos vai ser insuportável.»
Nota: Há uma dimensão política nas pessoas que
se tem ou não. Passos Coelho, 1º Ministro de Portugal, não tem essa dimensão.
Talvez executor de um plano qualquer, gestor de empresa, político, como Enrico Leta, de Itália, não.
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