- Boa tarde. Faça o favor de
se sentar, minha senhora.
- Boa tarde, doutor. Com
licença...
- Então, de que se queixa a
senhora?
- Ai, doutor... tenho um
problema mas.... não fico muito à vontade e nem sei como começar...
- Não tem nada que se envergonhar,
seja o que for. Os médicos não julgam ninguém.
- Doutor, eu levanto-me e
sinto logo umas coisas, uns calores, uma vontade muito grande...sabe?
Só me passa fazendo amor,
mas como o meu marido sai cedo de casa, eu vou à janela e chamo o primeiro que
passar.
Fazemos amor, e fico quase
bem... mas para ficar completamente calma tenho que chamar outro.
À tarde é a mesma coisa:
faço amor com três ou quatro e lá me aguento até à noite.
Ando com um bocado de
vergonha e muito inqui eta por não
saber o que é isto... O doutor sabe o que eu tenho?...
É alguma coisa má?...
- Bom, pelos sintomas
trata-se de um distúrbio do comportamento sexual que se denomina
"ninfomania".
- Ninfoquê?
- Ninfomania, nin-fo-ma-nia!
- O doutor não se importa de
escrever o nome aí num papel, pra eu mostrar lá no bairro aos que me têm
chamado puta?
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