terça-feira, janeiro 14, 2014

Ucrânia, ali, bem encostadinha à Rússia
A Ucrânia




Se os povos pudessem livremente escolher os seus destinos, decidir ao encontro do que lhes vai na alma, eu julgo que a Ucrânia optaria por se libertar da influência da Rússia e do Sr. Putin, não obstante os laços criados ao longo dos anos com a União Soviética.

Mas, infelizmente, a margem para poder escolher em liberdade não existe e, no caso concreto da Ucrânia a alternativa era entre o “vento” e a “tempestade”, ainda que o vento fosse de democracia e liberdade.

Todos os povos europeus têm aspirações ao consumo e ao bem-estar, talvez mais que quaisquer outros. Após o fim da última grande guerra abriu-se um período de franco desenvolvimento em que os progressos na qualidade de vida das pessoas, sob todos os aspectos, foram notáveis e de tal forma evidentes que nem vale a pena referi-los.

A esses progressos e a essa melhoria na qualidade de vida não tiveram acesso os países que viveram esse período sob o regime comunista e a que agora aspiram porque com a queda do muro de Berlim e do império soviético o panorama político na Europa é outro. Deixou de haver a ameaça da invasão dos tanques soviéticos de que muitos ainda se lembram.

Mas há outra espécie de “tanques” que, de maneira diferente, condicionam de forma invisível e sem a espectacularidade das lagartas dos tanques de guerra desfilando pelas ruas das cidades perante os olhares de medo das pessoas, e que se desenrolam no silêncio dos gabinetes longe da vista do povo.

Kiev, capital da Ucrânia. queria até final de 2013 6.000 milhões de euros, frescos, sem contrapartidas mas a União Europeia só foi aos 1.500 milhões e com reformas orçamentais muito duras, critérios de transparência e a libertação de Júlia Timoshenko.

Transparência? A troco de umas migalhas?...

A nomenclatura do Presidente Ianukovych deve ter solto uma gargalhada… só podia seu uma piada!

A Rússia chegou aos 15.000 milhões, 33% de desconto no preço do gás e quanto a essa “coisa” de imposições democráticas, tal como transparência, não era propriamente o forte do Sr. Putin.

Mudam-se os tempos, mudam-se as armas…

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