Queda de Constantinopla 1453 |
UMA LIÇÃO DE HISTÓRIA
(Por Bernardo
Mariano)
I
1.
VIRAGEM DO SÉCULO XIV PARA O SÉCULO XV
Começamos pela grande crise que assinala o fim da Idade Média e o início do Renascimento.
Ainda mal refeita da
mortandade causada pela pandemia chamada de peste negra que põe meados do
Séc. XIV dizimou entre um terço a metade
da população europeia na época (período bem retratado no famoso filme O Sétimo
Selo, de Ingmar Bergman) a Europa Cristã vê-se de novo a braços com a ameaça
muçulmana.
Esta, cuja presença no continente
se fazia sentir, então, já só na Península Ibérica, e mesmo aí confinada ao
emirado de Granada, na parte sul da Andaluzia, assomava de novo, agora no
Sudeste do continente: na Turqui a
asiática, uma nova potência surgira, fundada pelo sultão Otman I, suplantando
os Seldjúcidas: era o Império Otomano o qual, tirando partido do
enfraquecimento progressivo di Império Bizantino, se foi expandindo para
Ocidente, ocupando gradualmente os territórios ex-bizantinos nas penínsulas
helénica e balcânica.
No final do Séc. XIV, o
Império Bizantino é cada vez mais uma ficção, uma memória histórica pois
tirando os territórios circundando Constantinopla (actual Istambul), tudo o
resto foi acrescentado ao Império Otomano.
O assédio final à grande
metrópole oriental sobreviverá em 1453 e a sua conqui sta,
por Maomé II, no final de Maio desse ano, marcará futuramente, na
historiografia ocidental, o corte entre a Idade Média e Idade Moderna.
(continua)
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