José Seguro na noite das eleições não
fez a leitura correcta dos resultados do ponto de vista político que é aquele
que interessa.
Cantou uma grande vitória quando,
humildemente, deveria ter dito:
-
“Camaradas, ganhámos mas esta vitória
não chega para liderarmos um governo com estabilidade nas próximas eleições
legislativas. Temos que trabalhar mais e melhor.”
Seguro preferiu um discurso pateta de
vitória dos números e cai no ridículo porque os partidos da coligação aceitam
unidos e com humildade a derrota dos números, escondendo o contentamento,
felicidade e alívio que lhes vai na alma.
E agora o que vai fazer o PS com um
“chefe” destes e que, ainda por cima, alcançou o melhor resultado das últimas
eleições?
Lembram-se da sua expressão de
felicidade quando Sócrates perdeu as últimas eleições legislativas e o Tó Zé
saíu à porta do elevador do Hotel Altis?
Seguro é daqueles líderes que ganham
porque os outros perdem e quando chegam ao poder defendem o lugar numa atitude
do “agora tirem-me daqui ou eu não
saio”.
Depois da leitura política feita por
Seguro na noite das eleições não se pode esperar dele senão a defesa previsível
do seu lugar e a dos seus “lugares tenentes”.
António Costa está acomodado.: é um
Presidente da Câmara de Lisboa de sucesso e um previsível candidato vitorioso a
Presidente da República.
Como diz hoje Ferreira Fernandes no
Diário de Notícias, acerca da decisão de Seguro de votar favoravelmente a Moção
de Censura ao Governo a apresentar pelo PCP, que dada a maioria dos deputados
da Coligação só irá servir os seus interesses:
“ - António José Seguro não sabe,
perante o aviso dos seus resultados pífios, reagir com força e inteligência. E
nele isso é um caso irremediável: vê-se na cara.”
NOTA
Afinal, António Costa, vai sair da sua
acomadação... acabei agora de saber, e disputar a liderança do partido.
Agora, sim, ficarão garantidas as
possibilidades do PS vir no futuro a liderar um projecto político para o país.
Nos momentos mais difíceis o Partido Socialista
não pode alinhar com as reservas. Como dizia o Cajuda, treinador de futebol, "há
que pôr a carne toda no assador".
Foi, sem dúvida, uma boa notícia para
todos os socialistas e também para o país. A dupla Passos/Portas que se cuide.
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