Ele sabe, como nós, que acabou uma era. |
A Família...
As pessoas estavam longe de perceber a extensão dos interesses da família Espírito Santo muitas vezes escondidos e disfarçados para não darem nas vistas.
A pouco e pouco, a partir daqui ,
começará a revelar-se, à imagem de quem destapa uma manta, histórias da família
em aproveitar tudo o que estava ao seu alcance para ganhar dinheiro como se tivessem o exclusivo da riqueza.
Hoje, por exemplo, o jornalista André Macedo, Director
do Dinheiro Vivo e que tem um artigo de opinião no DN, conta um caso que me
chamou ainda mais a atenção, por se tratar de um sector de actividade,
prestação de serviços de limpeza, em que o meu falecido sobrinho tinha uma
empresa.
A PT, aquela empresa que era a “menina dos nossos
olhos” e pertencia em 20% ao BES, lançou há anos um concurso para entregar
os serviços de limpeza de todas as suas instalações espalhadas pelo país a uma empresa, o que
significaria, pela dimensão, volume de trabalho e consequente facturação, a
independência dessa empresa e o desafogo financeiro para o respectivo patrão.
Três empresas, sem grande nome no sector, desconhecidas,
aparentemente diferentes umas das outras, apresentaram-se a concurso e uma
delas ficou com o trabalho por um valor aparentemente justo.
O que se percebeu mais tarde é que as três propostas
tinham por detrás companhias de uma forma ou de outra ligadas ao universo
Espírito Santo, fosse alguém da família, uma empresa do grupo, ou simplesmente
alguém daquela área de interesses.
Fosse porque lado fosse, ganhasse quem ganhasse, com
aquelas empresas, sairia sempre jackpot à família.
Que semelhança existe, afinal, entre esta situação e o
que acontecia na Sicília com a família dos mafiosos?
- Nenhuma ou
toda, porque bem vistas as coisas nós também estávamos ao serviço da família,
“capisci?”. Isto, afinal, também era assim em Portugal.
Era... ele sabe, como nós, que acabou uma era, a da família dele, pelo menos, e uma vida nova, com muitas cicatrizes, vai começar para o país.
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