quinta-feira, setembro 04, 2014

Entrevista a António Costa













Finalmente, um político em campanha eleitoral para líder de um partido e futuro 1º Ministro é entrevistado na televisão e recusa-se a fazer promessas.

 - Mas diga lá, vai baixar os impostos? – Pergunta o entrevistador sedento de respostas que façam “caixa” nos jornais e insiste: - Ponha nome nos “bois”. -  Quem andou de elevador para baixo e para cima?

António Costa, só não fez promessas como recusou dizer o nome do seu adversário quando todos nós, simpatizantes do PS, sabíamos perfeitamente que era António José Seguro, recordados que estamos do seu mal disfarçado sorriso à saída do elevador no Hotel Altis, na noite da derrota do PS nas últimas eleições.

António Costa tem um pensamento político sólido e estruturado e não se lhe conhece, ao longo de mais de 30 anos de actividade política, comportamentos oportunistas ao serviço de uma ambição que não seja meramente política e ao serviço do seu partido com uma vitória histórica na Câmara Municipal de Lisboa com mais de 51%.

Para ele não houve “caminho das pedras” nem nunca lhe ouvimos discursos de “calimero”, "choradinhos" que não têm cabimento em liberdade e na democracia.

Sempre desempenhou todas as funções ao serviço do Partido no Governo e do país como autarca e ao longo de todos esses anos deu-se a conhecer como pessoa honesta, inteligente, sensata e competente.

Que haja agora, neste momento tão crítico da vida da nação, um movimento maioritário de pessoas responsáveis, e também elas de provas dadas, que pretenda vê-lo na governação, é mais que compreensível, pode ser mesmo uma questão decisiva para o nosso futuro.

Ele sabe, porque é inteligente e conhece a realidade do país, da europa e do mundo, que a nossa situação é muito difícil e a margem de saída da crise é estreita e prolongada e não passa por promessas demagógicas de curto ou médio prazo.

Por isso ele fala insistentemente em três coisas:

 - Necessidade de um plano estratégico a dez anos de distância.

 - Congregar à volta desse plano a maior parte possível das forças políticas e sindicais, envolvendo o país num esforço conjunto ao serviço dessa estratégia:

- Trabalhar na frente europeia, consertar esforços com outros países em situações e com problemas idênticos aos nossos.

Votarei nele nas primárias na qualidade de simpatizante do PS, embora seja de opinião que esta disputa deveria ter sido resolvida rapidamente pelos militantes do partido num Congresso Extraordinário e não arrastando-se por mais de 3 meses com um desgaste que só prejudica o partido e o país porque enfraquece aos olhos dos cidadãos o partido Socialista imprescindível para a alternativa a uma coligação que estreitou o espectro social e político indispensável para uma solução que preserve a democracia.

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