sexta-feira, outubro 17, 2014

ADÃO E EVA














Um Mito de Consequências Perversas


O mito de Adão e Eva escrito há uns 3.000 anos, no qual Eva desobedece a Deus e faz pecar o Adão, esse mito com que se inicia a Bíblia hebraica e a cristã, onde Deus submete a mulher ao domínio do homem, está na origem do machismo, da descriminação e da violência contra as mulheres que chegou à história do mundo ocidental moldando a cultura judaico-cristã. Naquela mítica Eva estavam todas as mulheres e a partir desse mito original todas foram julgadas, condenadas e menosprezadas. A literatura ocidental de todos os tempos dão conta desse colossal abuso.

Vejamos exemplos:


- No século II, o doutor da igreja, Tertuliano escrevia e pregava:

 - “Mulher, deverás ir vestida de luto e andrajos, apresentando-te como uma penitente, alagada em lágrimas redimindo assim a falta de teres feito perder o género humano. Tu eras a porta do inferno, foste tu que rompeste os selos da árvore proibida, a primeira que violaste a lei divina, que corrompeste aquele a quem o diabo não se atrevia a atacar de frente. Tu foste a responsável pela morte de Jesus Cristo.”


- No século IV, o grande teólogo Agostinho pregava:

“A mulher é um ser inferior. É uma questão de justiça que as mulheres sirvam os homens como algo que corresponde à ordem natural da humanidade”.


- Nesse mesmo século, Jerónimo, doutor da igreja e tradutor da bíblia para o latim exclamava:

  -  “Se a mulher não se submete ao homem, que é a sua cabeça, faz-se culpada do mesmo pecado que um homem que não se submeta a Cristo.”


No século VI, o bispo Isidoro de Sevilha, declarado santo e considerado no seu tempo “o homem mais douto que apareceu nos últimos tempos” afirmava: 

 - “O homem foi feito a causa de si mesmo, a mulher foi criada somente para ajuda do homem.”


No mesmo século, no Sínodo de Macon (ano 585) debateu-se se,“na hora da ressurreição, as mulheres não teriam que se converter em homens para poderem entrar no céu.”

No século XI, Marbode, o bispo de Rennes, França, considerado o “rei dos oradores” fazia este panegírico (discurso):

“Das inúmeras armadilhas que nos monta o hábil inimigo, a pior e mais difícil de evitar, é a mulher, planta débil, raiz daninha, fonte de vícios que propaga o escândalo pelo mundo. Oh! mulher, doce maldade, veneno com mel! Quem persuadiu o nosso primeiro pai para que provasse o fruto proibido?... Uma mulher!”


No século XIII, o teólogo mais influente de todos da teologia católica, Tomás de Aquino, escrevia:

- “Para bem da ordem humana, uns terão que ser governados por outros mais sábios. Por consequência, a mulher, mais débil no que respeita ao vigor da alma e força corporal, está sujeita por natureza ao homem, no qual a razão predomina. O pai tem que ser mais amado do que a mãe e merece maior respeito porque a sua participação na concepção é activa e a da mãe é simplesmente passiva e material… A mulher é um defeito da natureza, uma espécie de “homenzinho” defeituoso e mutilado. Se nasceu mulher deve-se a um defeito do esperma ou a ventos húmidos.”  (???!!!...)

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