terça-feira, outubro 07, 2014

Marina Silva
MARINA SILVA


















Li hoje, finalmente, no meu cronista predilecto, Ferreira Fernandes, do DN, o acentuar da importância da vassalagem de Marina Silva a Silas Malafaia, uma espécie de Papa de uma seita evangélica a que Marina pertence e na palavra de quem vê a vontade de Deus, como contributo para a sua derrota nas eleições.

Ninguém, entre os comentadores que li, tinha falado ou pelo menos dado algum ênfase a este factor que para mim, fosse eu brasileiro, teria sido absolutamente decisivo para recusar o meu voto a um candidato com este tipo de dependência. É que eu fujo desta gente como o “diabo foge da cruz” como dizia a minha avozinha, e se a nível pessoal essa ligação já é uma tristeza a nível de um país é um desastre, um perigo.

Marina iria ser presa fácil destes urubus, sem ofensa para estas aves tão úteis que são na natureza, porque se a vida com as suas dificuldades e obstáculos que ela teve que vencer puseram à prova a sua força, coragem e resistência física e anímica, por outro lado, fragilizou-a do ponto de vista espiritual.

Confundir a vontade de “santos” homens como verdades supremas que se impõem de forma dogmática do “sim porque sim” é inimaginável num Chefe de Governo.

O recuo de Marina Silva relativamente ao casamento homossexual e à criminalização da homofobia por indicação do seu líder espiritual, o Silas Malafaia, foi de “arrepiar” mas felizmente muitos brasileiros estavam atentos.

Se Marina quer fazer parte de uma assembleia de Deus e sujeitar-se a um chefe espiritual que domina a sua mente, não deve meter-se a governar homens.

A humanidade já está razoavelmente servida de chefes religiosos que mandam nas suas sociedades em nome de Deus, os famosos ayatolas, mas esses assumem-se claramente de uma forma despótica, aterrorizando pessoas que se escondem debaixo de vestes até aos pés, talvez como sinal de vergonha de si próprios.

O líder da seita a que Marina obedece, o Silas Malafaia, pretendia fazer o mesmo mas por interposta pessoa, a figura frágil e delicada de uma mulher combatente de muitas outras lutas.

A crendice é o calcanhar de Aquiles da humanidade, sempre o foi e hoje ameaça milhares de pessoas em África, na Europa e no mundo, chegando a degolar inocentes para que todo o mundo veja com os seus próprios olhos até que ponto a irracionalidade pode tomar conta do homem.


A nossa civilização tem que se defender destes riscos. Esta gente é insidiosa, a sua ambição não tem limites, não querem apenas ser ricos, querem ser poderosos e isso só o conseguem dominando a mente dos outros, base de todos os credos religiosos.

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