domingo, outubro 05, 2014

Largo do Seminário em Santarém
HOJE É

DOMINGO


(Na minha cidade de Santarém em 5/Out/14)
















As eleições no PS - estamos ainda debaixo do seu efeito - terão deixado claro que a maioria dos portugueses não quer Seguro nem Passos Coelho e prefere António Costa para futuro 1º Ministro nas próximas eleições para as Legislativas de Outubro do próximo ano de 2015.

Estamos a cerca de um ano destas eleições mas é muito natural que elas possam ser antecipadas porque temos um Orçamento para discutir e aprovar na Assembleia e uma Coligação que parece não estar agora tão firme como já esteve e ninguém garante o desfecho de uma Moção de Censura que venha a ser apresentada.

Passos Coelho ficou fragilizado com esta história da Tecnoforma porque, do ponto de vista político, não há prescrições e esta empresa para a qual o 1º Ministro trabalhou enquanto deputado à Assembleia da República, remunerado ou gratuitamente, apenas contra o pagamento das despesas de deslocações e de alimentação, não o deixou bem visto.

Esta Tecnoforma era mais uma empresa que à data se constituíam para darem Cursos de Formação Profissional aproveitando os dinheiros dos Fundos Europeus postos à disposição do país para valorizar a sua mão-de-obra e o aproximar da Europa.

Eu trabalhava então no Instituto de Emprego e Formação Profissional e pude testemunhar os milhões que se esbanjaram a dar formação profissional que não correspondia a nenhuma necessidade séria, apenas um pretexto para receber dinheiro desses fundos que tinham de ser aplicados dentro de prazos  apertados sem o que seriam devolvidos. Daqui resultava pouco rigor na análise e acompanhamento dos respectivos processos.

Alguns desses empresário receberam dinheiro forjando documentos e falseando acções de formação profissional de tal forma flagrante que tiveram de fugir do país.

A Tecnoforma deu Cursos de Formação Profissional para técnicos de aeroportos no interior do país do país que nunca vieram a existir...

Miguel Relvas teve o desplante, na qualidade de Secretário de Estado do Poder Local, de oferecer a Helena Roseta, Presidente da Ordem dos Arquitectos, acções de formação profissional para os Arquitectos Municipais, a serem suportadas pelos Fundos Europeus, desde que essas acções fossem entregues à empresa de Passos Coelho.

Como todos estamos recordados, Passos Coelho, mais tarde, como 1º Ministro, suportou e defendeu Miguel Relvas, objecto de escárnio de todo o país, até aos limites do inimaginável, como seu Secretário de Estado. 

Tudo isto debilitou politicamente  Passos Coelho que tanto exigiu aos portugueses em matéria de sacrifícios e de críticas aos seus hábitos gastadores.

António José Seguro, o mal-amado pelas estruturas do partido, que não terá passado de um equívoco, foi varrido pelos simpatizantes na primeira oportunidade que eles tiveram. 

Surpresa para Seguro que tinha inventado as primárias para ver se se safava e que, afinal, serviu para se afundar. 

A terceira "coisa" que foi dita nessas eleições que passarão à história pelos bons e maus motivos, foi que o político que indiscutivelmente reúne melhores condições para vir a governar o país, o mais sólido, bem formado e com mais provas dadas, é António Costa.

O país, maioritariamente, confia nele sem se vislumbrar quem  se lhe possa fazer oposição nos outros partidos. Ficamos à espera do desenrolar dos acontecimentos sendo certo que nada vai ser fácil para o país nos próximos tempos o que constitui mais uma razão para que ele esteja entregue a um homem com as características de António Costa.

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