terça-feira, outubro 14, 2014

O investimento que faz crescer a economia
Investimento Privado
                   e
Investimento Público






As empresas privadas não têm preocupações de natureza social, não é essa a sua função, apenas perspectivas de lucro.
A criação de emprego e a produção de riqueza numa empresa privada têm que estar ao serviço do lucro e se assim não for ela deve fechar, a menos que haja capacidade financeira por parte do empresário e expectativas fundadas, no médio ou longo prazo, de que o lucro seja possível.
Esta é a lógica de funcionamento de uma economia de mercado de uma sociedade capitalista. O investimento é uma decisão de risco, ou devia ser, o que justifica e legitima o lucro.
Uma sociedade, como é agora o caso de Portugal e da Europa, podem estar muito carentes de investimento para baixar o desemprego, poupar nos subsídios, aumentar a receita dos impostos, equilibrar as Contas do Estado, pode estar e está, mas os investidores só indirectamente estão preocupados com isso mesmo quando vêm à televisão declararem a sua “felicidade” por irem criar postos de trabalho...
É assim, não está nada errado nisto, vivemos numa economia de mercado em que os potenciais investidores estão atentos às oportunidades e aos estímulos.
Mas em termos de concorrência as coisas não estão a correr muito bem nesse domínio, segundo nos veio dizer agora o prémio Nobel da Economia num estudo em que demonstrou que as grandes empresas são tão grandes e monopolizadoras do mercado que secam tudo à sua volta pelo poder financeiro que possuem e as estratégias que adoptam.   
“Muitos sectores são dominados por um pequeno número de empresas ou um monopólio” diz o júri sueco que avaliou o estudo e “por isso o trabalho é absolutamente incontornável no estudo de mercados com poucas empresas a concorrerem entre si”.
Resta o Investimento Público que é pedido pelo Comissário Europeu Katainem  a Portugal e aos restantes países europeus.
E quem é que pode fazer este investimento público?
 - A Alemanha, que é o único país que tem excedentes financeiros e pode fazê-lo com recursos próprios.  Os outros através da utilização dos Fundos Europeus.
Nós, portugueses, não estamos bem neste aspecto. Juntamente com a Áustria temos uma percentagem de investimento público, relativamente ao PIB, de 1,4%, mínimo histórico pelo menos desde 1997.
Vamos assistir agora a um “braço de força” entre a França e outros países que a vierem a apoiar no Parlamento Europeu que incapazes  de cumprir os limites do deficit assumidos como estratégia da Europa, ditada pela Alemanha, defende menos austeridade pelo alargamento dos prazos para a consolidação dos equilíbrios orçamentais.
“A consolidação é essencial para um crescimento sustentado” disse a nossa Ministra das Finanças Maria Luís em consonância com a Alemanha.
Vamos ver como acaba este braço de força e o que acontece à França se não cumprir o limite dos seu Deficit Orçamental como também à Itália que parece estar em situação idêntica.

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