Em 1947, um grupo de
cientistas atómicos, nos quais se contava Albert Einstein, imaginou um relógio
simbólico que marcava as horas, minutos e segundos que separaram a humanidade
do fim do mundo.
Os cientistas pensavam que o "fim" que viria seria
com a grande catástrofe de uma guerra nuclear. Nesse ano de 1947, quando os
cientistas decidiram usar este símbolo, os EUA já haviam lançado (1945), duas
bombas atómicas sobre civis em duas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki,
matando mais de 300.000 pessoas mortas em um instante.
O relógio procurava
despertar a consciência da humanidade, generalizando a reflexão de que o
apocalipse não viria do céu, mas sim da própria humanidade, dona dessas armas
mortíferas. Era uma justa preocupação. Em 1985, os EUA a União Soviética e
outros países que entraram na corrida nuclear já tinham armazenadas 55 000
armas nucleares, a maioria delas mais poderosas do que aquelas que mataram mais
de um quarto de milhão de japonês.
O Relógio do
Apocalipse está na Universidade de Chicago e até há pouco marcava as 11 horas e
53 minutos da noite. Estávamos a 7 minutos do fim do mundo.
Em 2007, os
ponteiros do relógio foram adiantados em dois minutos. Embora a ameaça nuclear
continua latente, mesmo depois das negociações EUA-URSS para reduzir estas
armas, há em todo o mundo 27 000 ogivas nucleares entre os EUA e a Rússia, os
cientistas decidiram avançar o relógio, não tanto pela iminência de uma
catástrofe nuclear mas por causa da mudança climática, expressa em furacões -
Mitch e Katrina - tsunamis, ondas de calor, furacões, degelos, inundações ...
Com esse relógio, com eventos,
convenções, leis, palestras, programas nos meios de comunicação social, de mil
maneiras, as pessoas mais esclarecidos do nosso tempo, vão nos avisando: se não
fizermos algo e em breve, a Terra e a Humanidade estarão à beira de uma
catástrofe ambiental que poderia acabar com a espécie humana, a pior praga que
sofreu na sua longa história de mais de 4 mil e 500 milhões de anos.
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