segunda-feira, novembro 24, 2014

Histórias inventadas pela política
O êxodo e fuga para o Egipto 

do povo hebraico não



passa de uma metáfora


(Foi tudo política...) 









O relato central do Antigo Testamento que está no centro da fé e da identidade do povo judeu - a libertação do povo hebreu das mãos do faraó, o seu êxodo, a sua marcha através do deserto e a chegada à Terra Prometida, sob a condução e liderança de Moisés, é também uma metáfora com uma base histórica cada vez mais duvidosa. 


O arqueólogo judeu, Israel Finkelstein, Director do Instituto de Arqueologia da Universidade de Tel Aviv, é quem o demonstrou de forma mais sólida no seu livro "A Bíblia Desenterrada”; “A Bíblia Não Tinha Razão” na tradução brasileira(Edições Bayard, 2002).

 Ele, e o seu colega Silberman, propõem-se reconstruir uma história bem diferente do antigo Israel separando a história da lenda. 
As investigações de Finkelstein demonstram que nem Abraão nem Moisés são personagens históricas, que o povo hebreu não saiu do Egipto nem cruzou o Mar Vermelho, nem peregrinou por nenhum deserto, nem conquistou a terra de Canaan, pela simples razão que desde há milhares de anos já ali vivia do pastoreio e da agricultura. 

Os cinco primeiros textos da Antigo Testamento (Genesis, Êxodo, Desteronomio, Números e Levítico) são uma genial reconstrução literária e política realizada 1.500 anos mais tarde do que pensávamos, durante a monarquia de Josias, rei de Judá, 7 séculos antes de Jesus e o seu principal objectivo foi fundar uma nação unificada, cimentada numa nova religião; um só Deus (Yahveh); um só rei, uma só capital (Jerusalém) e um só Templo, o de Salomão. 

O Imperador Constantino de Roma, séculos mais tarde, pretendeu atingir exactamente os mesmos objectivos com a religião cristã: dar coesão política e social ao seu império, unindo-o pela fé em um só Deus sob a autoridade do todo poderoso Imperador e dos bispos de Roma.


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