domingo, dezembro 21, 2014

Santarém - Largo do Seminário
HOJE É 

DOMINGO


(Na minha cidade de Santarém em 21/12/14)














O que é, verdadeiramente, o Eng. Santos  Silva ao Eng. José Sócrates? – Amigo, pai ou anjo da guarda?

Se insistirmos em continuar a dizer que ele é amigo, então teremos de arranjar uma nova categoria de amigos que vai muito para lá do amigo em que todos nós pensamos.

Esta relação entre estes dois engenheiros devia ser estudada aprofundadamente para nosso entendimento já que o assunto chegou onde chegou e um deles, o Eng. José Sócrates, foi nosso 1º Ministro durante 6 anos, 4 deles em maioria absoluta, deixando o país em situação de pré – banca rota.

 - Foi durante estes anos de exercício do poder por parte de  José Sócrates que esta extraordinária, invulgar e excepcional amizade se criou?

- Ou já vinha de trás, dos tempos da juventude, enquanto estudantes, colegas e companheiros nas suas terras de nascimento?

 - Ou, terceira hipótese, ela desabrochou depois daquele discurso de despedida do poder e do governo e decidiu pedir um empréstimo ao Banco para ir estudar para Paris?

Não sabemos, provavelmente, já nasceram assim: desproporcionalmente amigos.

Esgravatar sobre a amizade de alguém entre si não é coisa bonita, parece exercício de coscuvilhice que é sempre indecoroso e fossem eles artistas, intelectuais ou outra coisa qualquer, seria assunto de revista cor-de-rosa que a mim não me suscita curiosidade.

Mas o Eng. José Sócrates governou este país, governou-me a mim, deu-me aumentos da reforma que não podia dar para mais tarde, ainda antes de se ir embora, me tirar e depois virem estes que entraram então a matar.

E agora temos conhecimento deste amigo, Eng. Santos Silva, que lhe dá ou empresta dinheiro, não se sabe bem porque ele já lhe perdeu a conta. E dá-lhe, não em cheques do Banco mas em notas dentro de envelopes ou malas.

E compra as casas que a família põe à venda e todos os seus livros da edição que ele publicou até a esgotar, e paga-lhe o motorista, férias e casa em Paris e, perante todas estas revelações ficamos perplexos sobre a natureza desta amizade.

- Será tudo desinteressadamente?

- Terá tido o Eng. Sócrates, enquanto governante, alguma responsabilidade nos milhões que o Eng. Santos Silva ganhou e que permitiram agora, como prova de reconhecimento, ajudar desta maneira, o seu amigo de juventude?

- Haverá nisto algo de imoral e eticamente reprovável?

- E do ponto de vista legal?

Ou não passará tudo, como diz o patusco do seu advogado, de algo tão inofensivo entre amigos como:

- É pá empresta-me aí 200 euros...


PS. – O Eng. Santos Silva, enquanto empresário, foi administrador do Grupo Lena e ganhou a maioria dos Concursos no tempo do Governo de Sócrates.

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