terça-feira, março 17, 2015

Em treino para irem lutar contra os jiadistas 
O Mário Nunes













Eu não quero pensar mas é difícil. Eles existem, os seus actos são notícia nos jornais, as suas figuras tenebrosas como enviados da morte, são imagens da televisão.

Eu quero pensar que eles não passam de um pesadelo, invenção de mau gosto da comunicação social, compraz-me a crítica de que... “vejam lá ao que chegaram as notícias dos jornais...”

Lembro-me do grande cientista inglês, Stephen Hawkins, afirmar que o cérebro humano é a maior invenção da vida e sei que ele tem razão mas então como explicar estes comportamentos ditados por cabeças pensantes?

Será que a perfeição atingiu uma fase degenerativa e aquilo que foi belo torna-se horrendo?

Ao longo da história da humanidade fomos confrontados com muitos actos tresloucados de desumanidade a coberto da religião, a raiz de todo o mal, mas o EI, como se denominam a eles próprios, está já numa escala diferente, ultrapassa os ditames da religião que mais parecem um pretexto esfarrapado do que uma justificação explicativa.

Não percebemos o que os move e não sabemos como contê-los porque o seu comportamento assemelha-se ao de um vírus que se nos escapa e se refina de dia para dia.

Algum daqueles homens passaria num teste de sanidade mental?

É um bando de loucos facínoras e cruéis que tem pretensões a sujeitar o mundo ao seu domínio. Só pode mesmo ser um sonho mau...

As histórias de terror levadas a cabo pelos elementos do EI nas cidades capturadas no Iraque são de tal forma abjectas que não só começam a deixar-nos indiferentes como nos suscitam dúvidas quanto à sua veracidade.

Será possível que seres humanos pratiquem tais barbaridades?

Esta história foi denunciada a semana passada por um reputado investigador da Universidade do Michigan:

 - “Uma miúda foi casada e divorciada 15 vezes numa noite porque, segundo a lei da sharia, basta repetir 3 vezes “eu te divorcio” para que a violação seguinte já não quebre nenhum preceito religioso. Se sobreviver é devolvida aos pais muitas vezes grávida.”

No outro dia, os mesmos protagonistas pegam num buldozer e numa picareta contra o Museu da Civilização de Mossul e as cidades milenares de Nimrud e de Hatra.

Quem não esteve para modas foi o nosso soldado Mário Nunes, natural de Portalegre, da Base Aérea de Beja, de 21 anos que desertou do exército para ir combater contra o Estado Islâmico juntando-se ao YPG, Unidades de Protecção Popular, principal milícia curda, para lutar contra os jiadistas.

Mário Nunes, se a tua história é verdadeira e se estás mesmo a combater esses loucos, daqui te presto homenagem porque, se isto continua assim, muitos outros terão que seguir os teus passos.

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