O novo líder madeirense |
Eleições na
Madeira
As eleições madeirenses têm a ver com a Madeira que é uma
realidade específica criada por Alberto João Jardim ao longo de quase 40 anos e
a tornou uma coisa sua.
Sendo a ilha um meio relativamente pequeno, foi possível meter
dentro da máqui na governamental, autárqui ca e do partido que o suporta a quase totalidade
das “forças vivas” da ilha numa teia de interesses que unia as pessoas à volta
do líder que assegurava empregos, contractos, negócios, tudo de uma forma
populista e demagógica.
Acabou contestado internamente porque de fora poucos ficaram e
foi exactamente um dos que dentro do partido o criticava e se tornou seu adversário
que lhe sucedeu no poder.
Causa admiração que tenha sido assim depois da saída de cena de
quem era o que “mandava naqui lo tudo”,
Alberto João Jardim?
- Não causa admiração
nenhuma porque a máqui na dos
empregos continua lá, é a mesma, e ninguém a quer afrontar. Por isso há que
continuar a votar PSD.
Agora, daqui para
diante, com o novo líder Miguel Albuquerque, pessoa muito diferente do que era
Jardim, as coisas irão mudar gradualmente, principalmente na forma e no estilo.
Na essência, a margem para mudar é muito pequena porque, tal
como no “contnente”, como eles falam, a Região está afogada em dívidas e sem
dinheiro para gastar o que sobra é para pagar dívidas.
Mas as questões de forma também são importantes e aquele senhor
Jardim chegava a ser indecoroso em palavras e comportamentos a fazer lembrar os
líderes das repúblicas das bananas, já fora do tempo e principalmente do espaço
europeu.
Acredito que a sociedade madeirense se vai abrir um pouco para
um regime mais aberto e menos personalizado dando lugar ao aparecimento de novas personalidades a disputar o espaço do PSD.
O “meu” PS estampou-se violentamente com uns miseráveis 11,41%,
em 3º lugar, ele que aspirava a 30% e a minha vontade foi dizer, em silêncio, “bem
feito”.
O partido socialista não esteve à altura dos seus pergaminhos e
do respeito que deve demonstrar por si próprio. Tentar conseguir votos com
alianças espúrias só o desprestigia.
A aliança com o Sr. Coelho, que ao longo dos anos foi fazendo um
pouco de tudo como intervenção política para chamar a atenção da televisão,
deve ter caído muito mal nos socialistas, pelo menos em grande parte deles.
Logo após o resultado, o jovem líder Victor Freitas demitiu-se
reconhecendo a derrota, não sabemos se também o erro da coligação que fez. Os
fins nunca podem justificar os processos e os votos não devem ser tudo.
António Costa, que só entrou de raspão na campanha, alheou-se
dos resultados mandando dizer e mais tarde dizendo, que a Madeira não tem nada a
ver com outra coisa que não seja a Madeira e ponto final, tanto mais que o
jovem líder derrotado pertencia às hostes de um outro derrotado que foi adversário
de António Costa, o António José Seguro.
O PSD, aí está a cavalgar esta mais que esperada vitória com o
senão de que o vencedor da Madeira nem qui s
no território a fazer campanha ao seu lado o líder do partido Passos Coelho
pelo que deviam era estarem caladinhos... mas aquela já mais que estafada história do "despesismo do PS" tem que vir sempre à baila, a propósito ou a despropósito, como
foi neste caso.
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