quinta-feira, maio 21, 2015

Incidentes no Marquês de Pombal em Lisboa
Não sejamos

 ingénuos...












O Benfica procurava a Glória e a Câmara de Lisboa Votos para o PS dos 6 milhões de benfiquistas.

Sou insuspeito, apesar de não ser do Benfica, sou do Partido Socialista e vou votar no António Costa em Outubro ou lá quando for, porque ele é, para mim, o político mais capaz e honesto no actual panorama político português.

Estou pois à vontade para afirmar que a festa do Benfica com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa no Largo do Marquês de Pombal de Lisboa para comemorar o seu bi-campeonato e cujas imagens correram mundo para desgosto nosso, tiveram como remota intenção agradar aos “seis milhões” de benfiquistas o que, até aqui, é compreensível mas correndo riscos que pessoas experientes e responsáveis não deveriam ter aceite, tanto mais que tinham em seu poder um parecer negativo da Polícia de Segurança pública.

Diz o Presidente da Câmara de Lisboa, pessoa com quem eu até simpatizo, que os incidentes e distúrbios violentos nada tiveram a ver com a festa e que poderiam ter acontecido em qualquer outro evento daqueles que juntam muita gente à sua volta como, por exemplo, um concerto musical.

Mais uma vez me permito discordar porque não são bem situações iguais: nunca vi espectadores de um concerto musical entrarem para o recinto do espectáculo escoltados pela polícia de intervenção como acontece nos jogos de futebol...

Diz o povo e é verdade que “muita gente junta não se salva”, mas se toda essa gente junta integrar claques de futebol regadas a cerveja e droga, ao fim de muitas horas as probabilidades de acontecerem distúrbios como os que vimos na televisão, são muito altas.

O Benfica levou a dele à avante, fez do Marquês de Pombal a sua casa, a Câmara de Lisboa, oportunisticamente pretendeu aproveitar-se para conquistar votos para o partido mas o que restou foi uma triste recordação como se já não bastasse o que se tinha passado nas instalações do Estádio do Guimarães da responsabilidade de adeptos do Benfica.

Diz o Prof. Viriato Soromenho Marques que aconteceu um fenómeno de “túnel do tempo” pois as criaturas que devoraram as cadeiras, destruíram as casas de banho e um bar pilhando uma loja de produtos desportivos, só poderiam ser visigodos das hordas de Alarico que saquearam Roma em 410.

Não sejamos ingénuos, o futebol foi escolhido como espectáculo de massas que despoleta paixões para refúgio de gangs que fazem da desordem e da violência o seu hobby de eleição.

Nunca quiseram saber do futebol para nada, precisam dele para vestirem uma camisola e integrarem um grupo que dá algum sentido às suas vidas frustradas servindo também de base para negócios de droga.

A festa do Benfica comemorativa do bi-campeonato na Praça do Marquês de Pombal  teve um grande mérito: foi a última.

Site Meter