O
Benfica procurava a Glória e a Câmara de Lisboa Votos para o PS dos 6 milhões
de benfiqui stas.
Sou
insuspeito, apesar de não ser do Benfica, sou do Partido Socialista e vou votar
no António Costa em Outubro ou lá quando for, porque ele é, para mim, o político
mais capaz e honesto no actual panorama político português.
Estou
pois à vontade para afirmar que a festa do Benfica com o apoio da Câmara
Municipal de Lisboa no Largo do Marquês de Pombal de Lisboa para comemorar o
seu bi-campeonato e cujas imagens correram mundo para desgosto nosso, tiveram
como remota intenção agradar aos “seis milhões” de benfiqui stas
o que, até aqui , é compreensível mas
correndo riscos que pessoas experientes e responsáveis não deveriam ter aceite,
tanto mais que tinham em seu poder um parecer negativo da Polícia de Segurança
pública.
Diz
o Presidente da Câmara de Lisboa, pessoa com quem eu até simpatizo, que os
incidentes e distúrbios violentos nada tiveram a ver com a festa e que poderiam
ter acontecido em qualquer outro evento daqueles que juntam muita gente à sua
volta como, por exemplo, um concerto musical.
Mais
uma vez me permito discordar porque não são bem situações iguais: nunca vi
espectadores de um concerto musical entrarem para o recinto do espectáculo
escoltados pela polícia de intervenção como acontece nos jogos de futebol...
Diz
o povo e é verdade que “muita gente junta não se salva”, mas se toda essa gente
junta integrar claques de futebol regadas a cerveja e droga, ao fim de muitas
horas as probabilidades de acontecerem distúrbios como os que vimos na televisão,
são muito altas.
O
Benfica levou a dele à avante, fez do Marquês de Pombal a sua casa, a Câmara de
Lisboa, oportunisticamente pretendeu aproveitar-se para conqui star votos para o partido mas o que restou foi
uma triste recordação como se já não bastasse o que se tinha passado nas
instalações do Estádio do Guimarães da responsabilidade de adept os do Benfica.
Diz
o Prof. Viriato Soromenho Marques que aconteceu um fenómeno de “túnel do tempo”
pois as criaturas que devoraram as cadeiras, destruíram as casas de banho e um
bar pilhando uma loja de produtos desportivos, só poderiam ser visigodos das
hordas de Alarico que saquearam Roma em 410.
Não
sejamos ingénuos, o futebol foi escolhido como espectáculo de massas que
despoleta paixões para refúgio de gangs que fazem da desordem e da violência o
seu hobby de eleição.
Nunca
qui seram saber do futebol para nada,
precisam dele para vestirem uma camisola e integrarem um grupo que dá algum
sentido às suas vidas frustradas servindo também de base para negócios de
droga.
A
festa do Benfica comemorativa do bi-campeonato na Praça do Marquês de
Pombal teve um grande mérito: foi a última.
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