Quem os deseja é um lisboeta sportinguista que podia ter sido benfi
Pensando melhor,
conjugando a história da vida do meu Clube com a minha própria, de 1946 a 54, o Sporting ganhou
durante esses 8 anos 7 Campeonatos Nacionais o que é uma boa razão para se
escolher o clube da nossa vida.
A magia dos “5 violinos”:
Jesus Correia, Vasques, Peyroteu, Travassos e Albano, foi mais que suficiente para
mim que na camioneta do Colégio S. João de Brito passava todos os dias na Av. das
Linhas de Torres, ao lado do campo onde eles jogavam.
Eu tinha a mania que
era guarda-redes. Miúdo, de calções, como todos os meninos de bem da minha época,
quem me queria ver feliz era entre os postes de uma baliza e lembro-me de ter
sido treinado pelo motorista de um colega rico que tinha sido jogador do
Sporting.
O encanto por uma
bola nunca me passou. O meu pai costumava dizer-me que quando eu via uma bola
até cegava. Quem pagava as favas era a parede de trás da capela da aldeia dos
meus avós, onde passava as férias, e que ficou toda marcada com as boladas que
levava.
Muito mais tarde,
como não perdi o encanto pelas bolas, comecei a jogar ténis aos 45 anos de
idade. Parei aos 75 porque me faltou o parceiro e era tarde para arranjar
outro.
A partir desse momento, já sem os meniscos dos
joelhos, comecei a envelhecer a sério...
Há uns 10 anos atrás
voltei a sócio do Sporting depois de o ter sido na década de sessenta, quando o
nosso avançado centro, durante 8 anos, desde 1964, era o Lourenço, atacante
nato, que conqui stou dois Campeonatos Nacionais.
Era um excelente
finalizador, homem da área, marcador de 145 golos em todas as suas participações
mas, como todos, também falhava e era assobiado pelos adept os
que não perdoam.
Então, saltava lá da
bancada uma mulher, amante ou simples candidata, que batia com a mão no peito e
gritava a quem o assobiava que ele não precisava daqui lo
para nada porque tinha ali uma mulher muito capaz de ir lavar escadas para ele...
Que saudades desses
tempos... quando as amantes dos futebolistas eram desconhecidas, não apareciam
em revistas cor-de-rosa e só se davam a conhecer nas bancadas dos estádios para
gritarem alto e bom som o seu amor afirmando a disponibilidade para "trabalhar a
dias" poupando o seu homem ao vexame dos assobios.
Mas agora, em 2005,
o Estádio já era o novo e para entrar, para além do Bilhete de Sócio, tinha que
ser todo apalpado como vulgar suspeito de carteirista, sem poder
levar comigo, sequer, uns pequenos binóculos para ver melhor os marcadores dos golos.
Não, o meu Clube
jamais me tratará assim... em memória de um passado, em memória dos “5 violinos”.
O meu sobrinho bem me explicava: ... "tás a ver tio, é uma medida de segurança, qualquer gajo podia atirar com os binóculos e partir a cabeça de um jogador..." - Pois... fico no sofá, privado da companhia da minha família sportinguista mas com direito a repetições para ver e rever os marcadores dos golos sem o recurso aos binóculos que, arremeçados, podem para partir cabeças aos jogadores.
O meu sobrinho bem me explicava: ... "tás a ver tio, é uma medida de segurança, qualquer gajo podia atirar com os binóculos e partir a cabeça de um jogador..." - Pois... fico no sofá, privado da companhia da minha família sportinguista mas com direito a repetições para ver e rever os marcadores dos golos sem o recurso aos binóculos que, arremeçados, podem para partir cabeças aos jogadores.
E, para acabar como
comecei: - Parabéns ao Benfica
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