quinta-feira, agosto 13, 2015

A Alemanha
e a 
Crise da Grécia











A Alemanha lucrou, entre 2010 e 2015 cem mil milhões de euros com a baixa dos juros ligados directamente à crise grega.
Trata-se da conclusão de um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Económicas de Leibniz. O relatório, que tem vinte e quatro páginas, tem o título “Lucros da Alemanha com a Crise Grega”.
Os autores do estudo esclarecem ainda que estas estimativas podem pecar por defeito porque só entram em linha de conta com os ganhos do sector público, sendo certo que o privado também beneficiou bastante das condições de concorrência mais favoráveis.
Neste momento, mesmo que a Grécia declarasse a bancarrota total, as perdas alemães seriam inferiores a dez mil milhões relativamente aos ganhos já obtidos, ou seja, trocos...
Estes estudiosos são alemães e o Instituto que promove o estudo é de toda a credibilidade. Sendo assim, pergunta-se:
- Por que se choram os alemães? – Por que fazem passar a mensagem de que são as grandes vítimas do desgoverno grego?
Só há uma explicação: A Europa é governada pela propaganda e não pela informação completa e verdadeira da realidade.
A situação que se vive é que nesta União Monetária os mais fortes beneficiam da desgraça dos mais fracos e ganham dinheiro com eles.
Claro que poderá dizer-se que as “coisas são o que são...” e que fortes e fracos sempre se ampararam, uns na graça e os outros na desgraça, e que o mundo é assim e sempre foi: injusto e desigual.
E pode também acrescentar-se que há mérito dos alemães.
Há 76 anos, tantos quantos a minha idade, o povo alemão, liderado por um louco, foi capaz de montar a maior e mais poderosa máquina de guerra, invencível, equiparada em eficácia à dos Romanos, e só não ficaram mais anos a mandar nos restantes europeus, porque "o homem" era mesmo louco de todo e os americanos, por solidariedade genética com os ingleses, nos vieram ajudar.
Isto não se consegue sem qualidades e isso é evidente, o que não significa, porém, que esteja certo, seja justo, ou contribua para a paz e a felicidade das pessoas.
Disseram que a União Europeia seria um espaço de solidariedade, e nós próprios recebemos, a esse propósito, milhões de euros que estão para aí espalhados em auto estradas vazias, milhares de rotundas por todo o país, lindos estádios de futebol a degradarem-se, e muitas outras coisas que fizeram as nossas delícias... mas tudo isso e mais que fosse, é preço excessivo para agora tantos milhares de desempregados, emigrantes forçados  e demasiada incerteza no futuro.

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