e a
Crise da Grécia
A Alemanha lucrou, entre 2010 e 2015 cem mil milhões de euros com a baixa dos juros ligados directamente à crise grega.
Trata-se da conclusão de um estudo feito pelo
Instituto de Pesqui sa Económicas de
Leibniz. O relatório, que tem vinte e quatro páginas, tem o título “Lucros da
Alemanha com a Crise Grega”.
Os autores do estudo esclarecem ainda que estas
estimativas podem pecar por defeito porque só entram em linha de conta com os
ganhos do sector público, sendo certo que o privado também beneficiou bastante
das condições de concorrência mais favoráveis.
Neste momento, mesmo que a Grécia declarasse a
bancarrota total, as perdas alemães seriam inferiores a dez mil milhões
relativamente aos ganhos já obtidos, ou seja, trocos...
Estes estudiosos são alemães e o Instituto que
promove o estudo é de toda a credibilidade. Sendo assim, pergunta-se:
- Por que se choram os alemães? – Por que fazem
passar a mensagem de que são as grandes vítimas do desgoverno grego?
Só há uma explicação: A Europa é governada pela
propaganda e não pela informação completa e verdadeira da realidade.
A situação que se vive é que nesta União Monetária
os mais fortes beneficiam da desgraça dos mais fracos e ganham dinheiro com
eles.
Claro que poderá dizer-se que as “coisas são o
que são...” e que fortes e fracos sempre se ampararam, uns na graça e os outros
na desgraça, e que o mundo é assim e sempre foi: injusto e desigual.
E pode também acrescentar-se que há mérito dos
alemães.
Há 76 anos, tantos quantos a minha idade, o povo
alemão, liderado por um louco, foi capaz de montar a maior e mais poderosa máqui na de guerra, invencível, equi parada
em eficácia à dos Romanos, e só não ficaram mais anos a mandar nos restantes
europeus, porque "o homem" era mesmo louco de todo e os americanos, por
solidariedade genética com os ingleses, nos vieram ajudar.
Isto não se consegue sem qualidades e isso é
evidente, o que não significa, porém, que esteja certo, seja justo, ou contribua para a
paz e a felicidade das pessoas.
Disseram que a União Europeia seria um espaço de
solidariedade, e nós próprios recebemos, a esse propósito, milhões de euros que
estão para aí espalhados em auto estradas vazias, milhares de rotundas por todo
o país, lindos estádios de futebol a degradarem-se, e muitas outras coisas que
fizeram as nossas delícias... mas tudo isso e mais que fosse, é preço excessivo
para agora tantos milhares de desempregados, emigrantes forçados e demasiada incerteza no futuro.
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