segunda-feira, agosto 17, 2015

Os discursos da treta...
PONTAL


















O PSD, como é normal todos os anos, reuniu militantes e simpatizantes no Algarve, no Pontal, para jantarem, festejarem e discursarem.

Foram 3.000 que vieram de todo o país, desta vez acompanhados dos militantes do CDS, seus parceiros da Coligação e com eles candidatos a continuarem na governação do país através desse Movimento que dá pelo nome de PAF! (P’ra Frente Portugal)

Percebe-se, no discurso de Passos Coelho, um pedido insistente e repetitivo ao povo português, especialmente aos mais velhos, débeis e inseguros de: - “Deixem-nos continuar a mandar!”

Apelam à segurança, estabilidade, medo, palavras que são caras a essas pessoas já esquecidas de grande parte do que aconteceu nos últimos 4 anos.

O PS, lançar-vos-à novamente na bancarrota e desta feita ficareis sem nada... num discurso em que não cabe a esperança que é sentimento que os velhos já não têm quando a vida está de resto.

Os jovens são um grupo perdido para a Coligação porque, sem empregos, não há esperança. De resto, ele não promete empregos, não promete nada porque não tem nada para prometer para além do medo num governo PS.

As promessas, foram na última campanha eleitoral quando ele quis conquistar o poder pela 1ª vez. Aí, sim, fez promessas, só lhe restou jurar a pés juntos, de que não cortaria pensões, salários, subsídios, apoios, numa mentira descarada de todo o tamanho que, passados dois ou três meses, foi desfeita com a desculpa, outra mentira, de que desconhecia a situação financeira do país quando Eduardo Catroga teve acesso a toda a situação e o informou.

Passos Coelho é um mentiroso nato, simula e finge com a naturalidade dos grandes actores.

Adulou Ângela Merkel com a subserviência própria dos empregados que vêm no patrão a grande fonte de inspiração das suas ideias.

Entrou a matar no programa da Troyka que lhe deu a justificação que ele precisava para aplicar a sua própria política de saneamento da sociedade portuguesa eliminando os fracos e pequenos do tecido produtivo e os que estavam a mais aconselhando-os, com todo o despudor, à emigrarem.

A ideia era abrir espaço e condições para os grandes e verdadeiros empresários pondo à sua disposição um campo de desempregados desesperados dispostos a aceitar as condições que eles quisessem.

Em quatro anos, o rendimento das famílias baixou quase três mil milhões de euros à razão de setenta e oito milhões por mês e as receitas para a Segurança Social, por força do desemprego e da baixa de salários, diminuiu trezentos e vinte e dois milhões.

Passos, promete agora aliviar para o futuro e como a economia se rege por ciclos, depois daquela autêntica desgraça que foram o 2º semestre de 2011 e 2012, principalmente, há agora alguns indicadores que são inevitavelmente melhores, desde que se saiba escolhê-los...

Mas Passos já teve a seu favor o benefício da dúvida ao longo de quatro anos que ele desperdiçou mentindo aos portugueses sobre uma realidade que ele mascarou.

Por isso, agora, ele apela ao medo, acena com o papão do caos e nova bancarrota na esperança de a grande maioria dos portugueses, envelhecidos e naturalmente esquecidos porque a idade não perdoa, se deixem embalar de novo, não pelas promessas mas pelas ameaças postas a funcionar por uma máquina que vai estar bem orquestrada nos próximos dois meses. 

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