Os discursos da treta... |
PONTAL
O PSD, como é normal
todos os anos, reuniu militantes e simpatizantes no Algarve, no Pontal, para
jantarem, festejarem e discursarem.
Foram 3.000 que vieram
de todo o país, desta vez acompanhados dos militantes do CDS, seus parceiros da
Coligação e com eles candidatos a continuarem na governação do país através
desse Movimento que dá pelo nome de PAF! (P’ra Frente Portugal)
Percebe-se, no
discurso de Passos Coelho, um pedido insistente e repetitivo ao povo português,
especialmente aos mais velhos, débeis e inseguros de: - “Deixem-nos continuar a
mandar!”
Apelam à segurança,
estabilidade, medo, palavras que são caras a essas pessoas já esquecidas de
grande parte do que aconteceu nos últimos 4 anos.
O PS, lançar-vos-à
novamente na bancarrota e desta feita ficareis sem nada... num discurso em que
não cabe a esperança que é sentimento que os velhos já não têm quando a vida
está de resto.
Os jovens são um grupo
perdido para a Coligação porque, sem empregos, não há esperança. De resto, ele
não promete empregos, não promete nada porque não tem nada para prometer para
além do medo num governo PS.
As promessas, foram na
última campanha eleitoral quando ele qui s
conqui star o poder pela 1ª vez. Aí,
sim, fez promessas, só lhe restou jurar a pés juntos, de que não cortaria pensões,
salários, subsídios, apoios, numa mentira descarada de todo o tamanho que,
passados dois ou três meses, foi desfeita com a desculpa, outra mentira, de que
desconhecia a situação financeira do país quando Eduardo Catroga teve acesso a
toda a situação e o informou.
Passos Coelho é um
mentiroso nato, simula e finge com a naturalidade dos grandes actores.
Adulou Ângela
Merkel com a subserviência própria dos empregados que vêm no patrão a grande
fonte de inspiração das suas ideias.
Entrou a matar no
programa da Troyka que lhe deu a justificação que ele precisava para aplicar a
sua própria política de saneamento da sociedade portuguesa eliminando os fracos
e pequenos do tecido produtivo e os que estavam a mais aconselhando-os, com
todo o despudor, à emigrarem.
A ideia era abrir
espaço e condições para os grandes e verdadeiros empresários pondo à sua
disposição um campo de desempregados desesperados dispostos a aceitar as condições
que eles qui sessem.
Em quatro anos, o
rendimento das famílias baixou quase três mil milhões de euros à razão de
setenta e oito milhões por mês e as receitas para a Segurança Social, por força
do desemprego e da baixa de salários, diminuiu trezentos e vinte e dois milhões.
Passos, promete agora
aliviar para o futuro e como a economia se rege por ciclos, depois daquela autêntica
desgraça que foram o 2º semestre de 2011 e 2012, principalmente, há agora
alguns indicadores que são inevitavelmente melhores, desde que se saiba
escolhê-los...
Mas Passos já teve a
seu favor o benefício da dúvida ao longo de quatro anos que ele desperdiçou
mentindo aos portugueses sobre uma realidade que ele mascarou.
Por isso, agora, ele apela ao medo, acena com o papão
do caos e nova bancarrota na esperança de a grande maioria dos portugueses,
envelhecidos e naturalmente esquecidos porque a idade não perdoa, se deixem
embalar de novo, não pelas promessas mas pelas ameaças postas a funcionar por
uma máqui na que vai estar bem
orquestrada nos próximos dois meses.
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