sexta-feira, setembro 18, 2015

Soldado "peshmerga" com a sua M16 modificada.
Porque vai o 

Estado Islâmico 

perder a guerra
















Bernard - Henry Levi, escritor e filósofo francês, emite esta opinião depois de uma visita que fez no terreno onde os “peshmerga”, forças curdas armadas que combatem os terroristas do EI, e que, literalmente, significa “aqueles que enfrentam a morte”.

Não é a opinião de um militar, mas a de um observador qualificado que valoriza outros aspectos de pormenor e ao mesmo tempo abrangentes, cujo significado, para ele, lhe permitem esta conclusão.

Diz ele:

 “Percorri, com uma equipa de filmagem, um longo troço dos mil quilómetros da linha da frente onde são eles, os peshmerga curdos do Iraque, que enfrentam os cortadores de cabeças.

E afirmo que os cortadores de cabeças, os homens da bandeira negra, esses bárbaros que, por agora criaram um quase estado entre o Iraque e a Síria, serão derrotados.

 - Serão derrotados porque são bons terroristas mas maus soldados.

 - Serão derrotados porque fazem-se de fortes à frente da objectiva quando se trata de decapitar reféns indefesos, mas fogem que nem coelhos quando, como na passada quarta-feira na zona de Albu Naim, um exército popular avançou e recuperou 200 quilómetros quadrados.

 - Serão derrotados porque, no mesmo dia, no sítio chamado Tel Bussel, as poucas câmaras presentes, incluindo a nossa, viram-nos cair novamente na confusão fazendo apenas um número limitado de vítimas entre os “peshmerga”, onze, que eu saiba – a maior parte porque aqueles filhos da mãe tinham deixado minas escondidas dentro das casas e das mesquitas que abandonavam, dentro dos bidões, no meio das pedras das estrada.

- Serão derrotados porque, ao contrário do que se diz sempre, eles não amam tanto a morte como os curdos amam a vida.

 - Serão vencidos porque são menos numerosos do que se pensa aqueles que podem dizer “porque combatemos” enquanto os curdos defendem ao mesmo tempo uma terra e uma ideia, o sonho de um país e um modelo único de sociedade na região.

- Serão vencidos porque têm pela frente um exército cada vez mais profissional mas composto por homens e mulheres de todas as idades, de todas as condições, que deixaram uma vida civil, muitas vezes realizada e feliz, cujos soldados têm 20,30, 50 anos e mais. Encontrei um “peshmerga” octogenário na posição de combate, num calor abrasador, lado a lado com os seus companheiros, no ponto mais elevado do monte Zartik – era ele que estava de guarda na noite anterior, quando uma coluna do Daesh (forças do exército islâmico) subiu a encosta para tentar atacar o acampamento pela retaguarda.

 - Serão vencidos porque os seus chefes escondem-se e enviam para a frente da batalha fanáticos irracionais enquanto os generais curdos que conheci estão todos lá, na primeira linha, respeitados, respeitáveis, com os bunkers de betão para as tropas e, para o general Magdid Harki, a casamata mais exposta aos atiradores emboscados de Bartila."
(continua)

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