Quinta – Feira,
1 de Outubro/2015
Anseio pelo fim da
campanha eleitoral embora tenha deixado de acompanhar pela televisão tudo
quanto a eleições diz respeito, ficando apenas pela leitura do meu jornal da
manhã.
Não sou pessoa de ódios
mas, sinceramente, não consigo esquecer o Passos Coelho de 2012, conqui stado o poder, com o seu super-ego, a tratar de
forma desrespeitosa, a roçar o desprezo, o povo trabalhador e reformado deste
país.
Não, não foram os cortes
e os sacrifícios que sobraram para os portugueses. Naquele momento, naquele
contexto, aqueles sacrifícios ou outros menos cegos e mais inteligentes, teriam
de ser feitos.
O que me repugna na
personalidade daquele senhor foi a auto-satisfação com que avançou para aquelas
decisões que teriam sido ainda mais dramáticas não fora o Tribunal
Constitucional. Sem explicações, possíveis alternativas, um pedido, no mínimo um tom de
desculpas.
Os portugueses: trabalhadores,
reformados, pequenos comerciantes, foram mal tratados por ele como se
comprovou, um pouco mais tarde, quando pretendeu pôr os empregados por conta de
outrem a suportarem a totalidade dos descontos para a Segurança Social e, sem
dar cavaco, foi divertir-se para o Tivoli no espectáculo do Paulo de Carvalho.
Não consigo esquecer a
raiva muda de uma população que no outro dia marchou por todo o país, em silêncio,
chocada e perplexa, porque a notícia caiu com uma bomba pelo que significava de
diminuição nos rendimentos do trabalho.
Este senhor geria o país
como os patrões à moda antiga que faziam o que queriam e lhes apetecia
suportados pelo regime de Salazar.
Do Sr. Paulo Portas nem
me apetece falar: é um demagogo esperto, pessoa de expedientes, bom actor, que
Filipe La Féria
não desdenharia ter no palco.
Os bonés e chapéus, com
os quais pretende passar por homem do povo, que pretende enganar, já lhe granjearam o cognome de “Paulinho
das Feiras”, figura errática que hoje se demite irrevogavelmente para no outro
dia reconsiderar e ser promovido.
Mais um dia, depois o da
reflexão e, finalmente, tudo acaba no Domingo com os votos nas urnas.
Entre
partidos sedutores, de cantos de sereia, que nos colocam fora do contexto da
Europa, fica-nos António Costa que carregou até aqui
mais contrariedades que qualquer outro político, candidato a ser governo.
Enumerá-las
seria fastidioso mas, se Passos Coelho, depois de ter tido uma auto-estrada
para ser eleito em 2012, com aquela história da banca-rota em que foi conivente recusando o PEC 4, já aceite pela Alemanha..., nas eleições de 2015,
parece voltar a ter, inexplicavelmente, uma passadeira vermelha.
Costa, ficou com o caminho pedregoso, cheio de obstáculos, em que ele tem demonstrado
ser um combatente feroz, determinado, convicto, facetas que não lhe conhecia e
são indispensáveis a um bom político.
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