Serão eles todos iguais?... |
Legitimidade Política
Ontem, 2ª Fª, não disse nada sobre o
desfecho do impasse sobre o próximo 1º Ministro de um novo governo de coligação à esquerda ou de coligação à direita.
Em qualquer dos casos, governo
minoritário do PAF, com apoio parlamentar do PS, ou deste, com o apoio do BE e
PCP são, tanto um como outro, soluções legítimas e todos os constitucionalistas
o dizem e qualquer cidadão isento o compreende.
Ontem, Isabel Moreira,
constitucionalista, filha do meu Prof. Adriano Moreira, apenas chamava a
atenção do Presidente Cavaco, para não empossar Passos Coelho, sem apoio
maioritário na Assembleia e deixá-lo arrastar-se em gestão, apenas porque teve uma
vitória minoritária nas legislativas que não lhe serve rigorosamente para nada
sem o apoio do PS porque, dos outros dois, nem se fala.
O pai, de outra área política, já foi
líder do CDS, em entrevista também na TV, mais formalista e
institucional, defende que Passos, porque ganhou as eleições, deve ser o
escolhido pelo Presidente para procurar os apoios na Assembleia e, caso não
encontre esse apoio, dar lugar a outro 1º Ministro que o obtenha, para poder
governar em estabilidade.
Quanto à legitimidade política, ele
considera que ela é igual, tanto com a maioria dos votos reunindo-se à esquerda
ou à direita. Só eles, os votos, traduzidos em deputados na Assembleia, contam.
Adriano Moreira, confessa-se,
naturalmente, da oposição, se o governo vier a ser de Esquerda e chama a
atenção para a Teoria dos Riscos, que deve ser levada em linha de conta, pois
as dificuldades de Costa serão maiores numa Europa e num país dominados pelos
interesses da direita, nos quais, Passos Coelho, encontrará sempre as “coisas” mais
oleadas.
Mas a Teoria dos Riscos, para a qual
Adriano Moreira chama a atenção, não tem nada a ver com a Porta dos Fundos de
certos analistas da direita.
Ou os votos dos portugueses são todos
iguais, sem que haja uns de primeira e outros de segunda e, neste caso, não
pode haver nenhuma Porta dos Fundos, ou então, sempre é verdade que são todos
iguais, "mas uns mais iguais do que outros” sendo que, então, os eleitores de
direita valem mais do que os de esquerda... e a democracia será uma treta, como
diz o Jorge Jesus, sobre o desportivismo.
Passos Coelho, esse, fala agora de
radicalismo de António Costa. Curioso, durante mais de 4 anos de governo com
poder absoluto nunca, nem uma vez, estendeu a mão à oposição, e apenas foi
travado pelo Tribunal Constitucional e por um levantamento silencioso e
disciplinado desta população ordeira e maravilhosa, quando qui s transferir para os trabalhadores a totalidade
dos encargos para a Segurança Social, desonerando completamente os patrões.
Agora, quando António Costa só está
ainda a negociar, que não é propriamente a mesma coisa do que governar, já é
radical...
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