domingo, outubro 18, 2015

Largo de Seminário ou do Marquês Sá da Bandeira em Santarém
HOJE É

DOMINGO





(Na minha cidade de Santarém em 18/10715)














Hoje é Domingo e eu gostava de não falar da política nacional mas não está fácil porque há evidências que se metem pelos olhos dentro e, no entanto, aí estamos embrulhados em experiências que representam tentativas louváveis de carácter democrático mas são “à contrário sensu”.

Falamos das políticas e esquecemos os protagonistas que são, afinal, o “busílis” da questão. É por eles que as coisas não seguem o seu percurso normal que seria, naturalmente, a atribuição do poder à social-democracia, neste caso, governo minoritário do PSD viabilizado pelo Partido Socialista, só que, Passos Coelho, tornou-se intragável para a ala que neste momento lidera os socialistas.

O PSD, com Passos Coelho, está numa deriva neo-liberal e depois de 4 anos de poder absoluto, em que apenas o Tribunal Constitucional e um quase levantamento popular o travaram, demonstra que quem prova o poder absoluto fica por ele apaixonado.

Avizinham-se para breve novas eleições e a oportunidade de se repetir a maioria absoluta é grande depois da coligação, em condições desfavoráveis, ter ficado relativamente perto dela.

O Partido Socialista deixou fugir os seus votos para o Bloco de Esquerda, encantados que ficaram os seus votantes pelos discursos brilhantes de Catarina Martins e Mariana Mortágua, provando, mais uma vez, que os protagonistas da política, mais do que esta, é que determinam o curso dos acontecimentos.

António Costa decidiu fazer a vontade a esse eleitorado, tanto mais, que até ia ao encontro do seu pensamento político já expresso muito antes das eleições, e está a tentar fazer um governo minoritário do PS com o apoio parlamentar dos dois partidos à sua esquerda.

Da forma como resultar esta tentativa, e há muitas formas das coisas acontecerem, assim teremos o futuro do partido socialista.

Uma dessas formas, talvez a mais vantajosa ou cómoda, como agora se diz, para o partido de Costa, seria uma comunicação ao país, afirmando “que tentou formar um governo à esquerda, mas não tendo obtido garantias consideradas suficientes para cumprir o seu programa, e como partido responsável que é, decidiu passar à oposição limitando os danos para o país do governo neo-liberal de Passos Coelho sem inviabilizar a governação.

Se avançar com um governo minoritário do PS, viabilizado no Parlamento, e as coisas correm mal - o 2016 é um ano muito difícil -, e há muita maneira de tal poder acontecer, por razões que venham a prender-se com o partido Comunista ou com o Bloco, iremos, então, provavelmente, para novas eleições.

Não esqueçamos, contudo, que teremos então no Governo e na Presidência da Republica, os dois melhores políticos portugueses, os mais experientes e hábeis: António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa.

Quem sabe o que eles serão capazes de fazer?

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