sexta-feira, novembro 13, 2015

Novas eleições... já!
Novas eleições... já!









Passos Coelho teve uma vitória minoritária mas o PS recusou apoiá-lo no Parlamento ao contrário do que era esperado que acontecesse.
Assim não foi, e o governo de Passos, indigitado este para 1º Ministro por ser o líder do partido mais votado, foi rejeitado pelo voto dos restantes partidos em maioria, e agora ele não se conforma.
Para ter mais oportunidades para expressar o seu desagrado na televisão, criou as Jornadas Caminhos para o Futuro. 
Ontem, por exemplo, Passos Coelho, numa sua intervenção nessas tais Jornadas, "passou-se dos carretos" como disse Vital Moreira, e pediu novas eleições e a revisão da Constituição, para poder, o mais rapidamente possível, voltar à maioria absoluta e exercer sem limitações as funções de 1º ministro, como o fez durante a última legislatura.
António Costa, percebendo o seu desespero, limitou-se, simplesmente, a responder que não se pode andar permanentemente em eleições, e aguarda, com alguma tensão, admito eu, o que há semanas atrás parecia absolutamente líquido: a indigitação do líder do 2º maior partido que tem o apoio da restante bancada parlamentar para governar, mediante um acordo com eles estabelecido.
Contudo, nestes últimos dias, no seu desespero, os homens de Passos Coelho, resolveram explorar todos os poderes, previstos e não previstos  na Constituição para o Presidente da República, concluindo que ele, que é da sua área política, não deveria indigitar António Costa, porque o seu programa de governo será viabilizado por dois partidos  da extrema esquerda, BE e PCP, mesmo considerando que o Presidente da República, preocupado com a estabilidade, como sempre afirmou, devolveu à Assembleia para esta exercer o papel que agora lhe cabe de avaliação e votação do novo programa de governo.
O actual Presidente sempre se comportou como um político formalista e institucional, e não me passa pela cabeça que se vá meter agora, em fim de mandato, por isso cerceado já dos seus poderes, em aventuras políticas só para agradar aos seus amigos da direita e prejudicando altamente o país com governos de gestão ou de iniciativa presidencial que, sinceramente, não vão nada ao seu jeito.

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