sexta-feira, novembro 20, 2015

Sexta-feira, 13








Sexta-feira, dia 20, passa hoje, exactamente, uma semana que pequenos grupos de jovens armados, em Paris, se preparavam para matar, indiscriminadamente, mais de uma centena de pessoas que estavam simplesmente nos locais onde costumam estar regularmente, a comer, a conviver, a divertirem-se.
As razões, o porquê destas acções parece residir num sentimento profundo da natureza religiosa combinado com um projecto político de liderança do povo islâmico, um enorme califado, numa primeira fase e, de seguida, do mundo.
 A estratégia, é o terror infundido nas pessoas, a obediência cega aos mandatários dessa entidade mítica representada por um livro, o Corão.
Sem dúvida, a fé, neste caso religiosa, parece ser o motor, o ponto de partida para todo este processo uma vez que a crença religiosa, já provou ser, de todas, a mais poderosa, a mais eficaz e mobilizadora.
Richard Dawkins, Prof. Catedrático, Prémio Nobel, doutorado em Oxford, especialista no comportamento animal, ateu militante, explica que a crença inculcada no cérebro humano durante o seu processo de evolução, tem a sua explicação na necessidade de acreditar, numa fase primária dessa evolução, não em em deuses mas sim, nos pais e membros mais velhos do grupo, cujos conselhos e orientações revelavam-se determinantes para aumentar as possibilidades dos mais novos passarem os genes à geração seguinte, numa espécie especialmente frágil que vivia nos limites da sobrevivência.
Acreditar no que lhes diziam e seguir essas recomendações, representava a diferença entre viver e morrer... e a humanidade sobreviveu.
A obediência aos mais velhos sem discutir e hesitar, cegamente, transformou-se numa crença, e terminou na fé religiosa.
Eu sou ateu e, conforme as sociedades, a maioria das pessoas instruídas, por opção, vão recusando os dogmas da religião, mesmo quando afirmam que acreditam em Deus.
A percentagem de prémios Nobel que são fieis à herança religiosa é residual, mas a fé e a crença num Deus dificilmente desaparecerá porque essa característica está no nosso cérebro como a vingança e o ciúme.
Este movimento jihadista não nasce de geração espontânea. 

Tal como as pragas de gafanhotos só acontecem porque há gafanhotos com os quais, no dia a dia, convivemos sem nenhum problema.
Um vez, irão reunir-se uma série de circunstâncias de natureza climática e ambiental, perfeitamente excepcionais, e aí estaremos confrontados com a praga.
Agora, os franceses, os europeus e o mundo acordaram, demasiado tarde para os que morreram, para esta praga e é evidente que, uma vez bem acordados, os gafanhotos não podem vencer.

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