Os
terroristas islâmicos acabaram por entregar a França à Srª Le Pen sem que esta,
sequer, tivesse que fazer muito para isso depois dos mais graves atentados
ocorridos em Paris.
Os
franceses sabem o que ela pensa, o que se propõe fazer e isso é o suficiente
para lhe entregarem o país de bandeja.
A
minha convicção, é que vai ser mau para a França, para a Europa e bom para o
movimento terrorista islâmico.
O
ponto de partida, se é que há um e não vários pontos de partida, para tudo
isto, é a identidade de um povo que vive dentro do coração de cada um dos seus
nacionais.
Ser
francês é algo de muito caro para os franceses, como o é igualmente, para os
portugueses, ser português, seus vizinhos espanhóis serem espanhóis, e por aí fora, incluindo o povo islâmico
mesmo vivendo fora do seu território natural que, para o caso, é indiferente.
Cada
um de nós sente as humilhações contra essa identidade como se fosse feita a si
própria e por muito que tentemos compreender o interesse e a necessidade de uma
sã e respeitadora convivência entre as pessoas de religião, língua, tradições,
hábitos e comportamentos, em suma, culturas diferentes, bastam essas diferenças
quando vividas na nossa terra e na nossa vizinhança, para nos parecerem
ofensivas.
São sentimentos básicos, instintivos, de medo, orgulho, sobrevivência e quando, ainda por cima, nos desatam a matar estando nós na nossa casa, nas nossas esplanadas e restaurantes, ou outros locais de divertimento, e a nossa vida passa a depender de estar no local errado à hora certa, ou do mau funcionamento da arma do inimigo, então, a Srª Le Pen, nem precisa de fazer nada, nem dizer nada de especial.
São sentimentos básicos, instintivos, de medo, orgulho, sobrevivência e quando, ainda por cima, nos desatam a matar estando nós na nossa casa, nas nossas esplanadas e restaurantes, ou outros locais de divertimento, e a nossa vida passa a depender de estar no local errado à hora certa, ou do mau funcionamento da arma do inimigo, então, a Srª Le Pen, nem precisa de fazer nada, nem dizer nada de especial.
Basta
aparecer com ar de mãe protectora para cada vez mais franceses se acolherem ao
abrigo do seu colo.
A
violência irá aumentar e estender-se a muitas outras pessoas que nada têm a ver
com os ataques terroristas mas que vão ser apanhadas nas redes da
extrema-direita porque o ódio vai ser instigado e as diferenças acentuadas.
Que
acontecerá ao Projecto Europeu, à União Política, à União Monetária, ao euro, ao espaço Shengan quando o
inimigo está precisamente dentro desse espaço?
Os
cidadãos moderados, amantes da liberdade, vacilam, percebem a transferência
progressiva de votos para a Srª Le Pen que diz coisas tão simples e atraentes
como, por exemplo:
- “A França tem de levantar cabeça!”. Quem não entende esta mensagem que diz tudo sem dizer nada?...
A
taxa de participação das eleições foi agora superior à que tinha sido em 2010
e, com certeza, as pessoas que vieram agora dar o seu voto, não foi nem para
esquerda nem para o centro...
A
Europa do Sr. Shauble, da austeridade, que dificulta o emprego e as medidas de
natureza social, vai também cair-lhe em cima, da mesma forma que os franceses
estão a cair no colo da Srª Le Pen.
Há
muita maneira de “dar tiros nos europeus” e não perceber isso é condenar a
Europa.
-
Que são as medidas radicais desta Srª Le Pen comparadas com as dezenas e
dezenas de franceses mortos barbaramente no bataclan?
A
resposta está nos seus 30,6%, contra os 27% do Nicolas Sarkozi e os 22,7% dos Socialistas.
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