Esperança |
Em que ficamos?
Na
sondagem agora realizada e vinda a público, hoje, no meu jornal DN, do total da
Amostra Consultada, tendo em conta os resultados eleitorais, 52% acham que quem
deveria ser 1º Ministro era Passos Coelho e só 37%, António Costa.
Mas,
do mesmo Total de Amostragem, 49% acha que António Costa foi a melhor solução
para o país e só 35% entende que não.
Parece-me
haver aqui uma contradição que me
leva a perguntar: - Afinal em que é que ficamos?...
Foi
tudo tão novo e surpreendente, estamos ainda tão em cima do acontecimento, que
as cabeças das pessoas estão baralhadas.
Passos
Coelho, sentadinho no seu lugar do Parlamento, calado, menino bem comportado, não
se manifesta, os outros, seus lugares tenentes, que falem e protestem, ele já
disse o que tinha a dizer: - que tudo aqui lo
é ilegítimo!...
É
esta agora a sua estratégia: o mais possível em silêncio aguardando as próximas
eleições legislativas, sejam elas quando tiverem que ser, para tentar a
almejada maioria absoluta que lhe permita governar de novo o país de acordo com
a sua política neo-liberal de privatizar, vender e reduzir.
Esta
inesperada e arrojada solução de António Costa talvez lhe tenha atrasado os
planos.
A
governar o país com toda a oposição em maioria contra ele, a sua política seria
de confrontação para provocar, o mais rapidamente possível, eleições com o
grande argumento de que, em minoria, não o deixavam governar.
Na
actual situação perdeu a iniciativa, nada pode fazer, está nas mãos da
Catarina, do Jerónimo e do António...
Se
eles se entenderem e, acima de tudo, se ele governar bem dentro dos
condicionalismos, irá ter que esperar muito e o papão dos comunistas e da NATO
e da reestruturação da dívida, irão esboroar-se para todo o futuro...
Costa
está no arame, pôs-se lá pelo seu pé, percebendo, como político perspicaz e
corajoso, que depois de perder escandalosamente as eleições, esta era, de
facto, para ele, a única possível solução.
Depositou
o seu futuro político e o futuro do país nas mãos da Catarina e do Jerónimo
apoiado na sua enorme capacidade de negociação e entendimentos.
Passos,
ficou e ainda está, atordoado mas, nestas coisas da política, vamos ter que
esperar no dia a dia, com esperança, opt imismo
e confiança... que raio, o passado recente foi tão mau porque não haveremos de
esperar melhor destas pessoas mais consensuais, menos irritadas e, para mim,
mais simpáticas?...
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