terça-feira, dezembro 01, 2015

Vai sobrar para as nossas crianças
Acabaram-se

as dúvidas















“Isto” está mesmo a aquecer... acabaram-se as dúvidas, está provado e comprovado, calaram-se os cépticos.

Cento e cinquenta Chefes de Estado de todo o mundo, reunidos em Paris na Conferência do Clima que vai demorar duas semanas vão ter que decidir-se sobre o que fazer, a sério. 

Irão a tempo? – Serão capazes?

É evidente que não é o planeta que está em causa, ele está-se nas tintas, é inerte e desde que anda para aqui a girar, há não sei quantos milhares de milhões de anos, já foi tudo: fogo, gelo, seco e molhado.

O problema somos nós e os restantes bichos com os quais formamos uma cadeia de vida interligada onde todos somos precisos por causa do equilíbrio.

O aparecimento da molécula da clorofila foi o momento importante, o momento chave, porque sem ela não haveria oxigénio e sem este a vida, esta que conhecemos.

Nunca saberemos porque certas coisas acontecem pela primeira vez. Depois, é simples, o processo repete-se e evolui como explicou Darwin, mas essa primeira vez permanecerá sempre no segredo dos deuses...

Eu digo que não há segredo nenhum, nós é que gostamos de segredos quando não sabemos... faz parte dos nossos espíritos novelísticos e explicam o sucesso dos escritores que escondem segredos nos enredos dos livros que escrevem para os darem a conhecer no fim, por vezes na última página.

Mas, está bem...., que segredos esconderá ainda o nosso planeta num momento em que tudo parece estar previsto? – É esse o drama porque se tudo está previsto não haverá segredos a desvendar, surpresas a acontecer.

Isto vai aquecer mesmo, e depressa, demasiado depressa, está escrito nas estrelas... e em 150.000 anos, um cagagésimo do tempo da vida na Terra, este bicho que somos nós, vai desequilibrar tudo, a menos que ainda vá a tempo de se pirar para o espaço e deixar o problema para quem vier atrás.

E sabem por quê? – Porque fomos um bicho privilegiado. Ou seja, quando as leis de Darwin deram lugar ao aparecimento de um animal especial, vai ele e estraga tudo.

Alguém acredita que vamos deixar de comer bifes, beber leite, saborear o belo Queijo de ovelha da Serra da Estrela, que bem dispensava aquele outro, sensaborão, feito do leite de vaca, que polui muito mais, ou deixar de andar de automóvel quando a Valkswagen, só para ganhar mais meia dúzia de euros, andou a aldrabar todo o mundo poluindo mais?

Penso nas minhas netas Filipa e Matilde e nos problemas que lhe vamos deixar, mas poderia também falar do urso branco do Polo Norte, esse animal esplêndido, que sem gelo não consegue caçar focas e irá desaparecer no seu habitat.

E que mais irá acontecer?

A natureza tem as suas exigências e a mais importante de todas é o ritmo do tempo. Temos que “dar tempo ao tempo”, dizia o povo – agora não sei o que diz –,  para que os mais fortes e aptos sobrevivam. Caso contrário, vai tudo a eito, fortes e fracos.

- Viram o que aconteceu aos dinossauros? – Não lhes deram tempo, foram todos de uma penada, não tiveram chance.

Nós estamos a comportar-mo-nos como um meteorito que nem precisa vir do espaço... é inacreditável, não é?



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