a 5ª Bola
de Ouro.
de Ouro.
Sem surpresa, a Bola de Ouro de 2015 foi para Leonel Messi.
Ronaldo já sabia que com as 3 Bolas já
ganhas iria ficar mais longe, e agora definitivamente, pois com 30 anos, Messi
tem menos dois, a sua carreira não estando acabada, longe disso, entrou no
ocaso, naturalmente.
Ronaldo é um atleta que se fez futebolista, Messi
nasceu futebolista e com muita dificuldade, dada a sua doença, fez-se um
atleta.
Nos desempenhos, quase mágicos, de Leonel Messi,
há um segredo do qual não se fala porque é demasiado íntimo e não seria correcto
nem justo, falar dele.
Quando Messi chegou ao Barcelona, aos 11 anos os
pais o que pediram ao Clube foi: tratem do meu filho!
Messi sofria de uma doença do foro hormonal que
retardava o desenvolvimento ósseo e, consequentemente, o seu crescimento, e cujo
tratamento era exageradamente caro, 900 dólares mensais, para as posses da família.
Todas as noites, durante ano e meio, Leonel, levava uma injecção em
cada perna... e foi aqui
que o Barcelona interveio rendido às extraordinárias apt idões
do jovem para o futebol manifestadas desde os 4 anos e que faziam dele um “dependente”
da bola, recusando-se, por exemplo, a sair com a mãe para ir ao super-mercado se não levasse
com ele uma bola.
Reinstalada a família em Barcelona, pois a
separação do filho não era possível, em
30 meses Leonel cresceu 30 cm
e chegou aos seus actuais 1, 70. Aos 13 anos tinha um 1,40 o que não o impedia
de se sair bem na disputa com miúdos mais velhos e mais altos.
Mas a natureza da sua doença escondia um segredo
que faria dele o jogador de futebol mais dotado mundo à excepção do seu
compatriota Maradona, que se lhe equi para,
até na altura e no baixo centro de gravidade.
Todos sabemos que os músculos do corpo humano
obedecem a ordens emanadas do cérebro e que estes se limitam a cumprir, dentro
das suas capacidades.
Essas ordens, no caso de Leonel Messi, saem “disparadas”
seu cérebro para o famoso pé esquerdo onde chegam em tempo record, a tal ponto
que se pode considerar uma “anormalidade”, o tal segredo...
Nenhum outro jogador do mundo consegue penetrar
nas defesas adversárias em dribling à velocidade de Messi, ajudado por uma técnica
insuperável em que a bola anda sempre colada aos pés, e um baixo centro de
gravidade que lhe permite mais facilmente o equi líbrio.
Compreendo o desespero dos adversários que têm
de o marcar e percebo o recurso à falta sistemática, às quais Messi, de
habituado, já nem reage. O desarme, no respeito pelas leis do jogo, é quase
impossível.
Integrado na equi pa
do Barcelona, cujos colegas de superior qualidade o conhecem e combinam com ele
como irmão gémeo, consegue resultados que, por exemplo, ao serviço da Argentina
já não alcança e onde, por vezes, parece um peixe fora de água.
Por alguma razão, o futebol é um jogo colectivo,
de equi pa que, no caso do Barcelona,
potencia as extraordinárias qualidades de Messi.
Ronaldo conseguiu quase o impossível: “roubar”
três Bolas de Ouro a Leonel Messi que, como vimos, é um caso de sobrevivência a
uma doença de extrema complexidade onde os médicos, preparadores físicos e o
dinheiro do Barcelona permitiram a este jovem simples e discreto, com os traços
no rosto da doença de que sofreu, concretizar a genialidade futebolística de que nasceu dotado.
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