quarta-feira, janeiro 13, 2016

Leonel Messi

a 5ª Bola

de Ouro.
















Sem surpresa, a Bola de Ouro de 2015 foi para Leonel Messi.

Ronaldo já sabia que com as 3 Bolas já ganhas iria ficar mais longe, e agora definitivamente, pois com 30 anos, Messi tem menos dois, a sua carreira não estando acabada, longe disso, entrou no ocaso, naturalmente.

Ronaldo é um atleta que se fez futebolista, Messi nasceu futebolista e com muita dificuldade, dada a sua doença, fez-se um atleta.

Nos desempenhos, quase mágicos, de Leonel Messi, há um segredo do qual não se fala porque é demasiado íntimo e não seria correcto nem justo, falar dele.

Quando Messi chegou ao Barcelona, aos 11 anos os pais o que pediram ao Clube foi: tratem do meu filho!

Messi sofria de uma doença do foro hormonal que retardava o desenvolvimento ósseo e, consequentemente, o seu crescimento, e cujo tratamento era exageradamente caro, 900 dólares mensais, para as posses da família.

Todas as noites, durante ano e meio, Leonel, levava uma injecção em cada perna... e foi aqui que o Barcelona interveio rendido às extraordinárias aptidões do jovem para o futebol manifestadas desde os 4 anos e que faziam dele um “dependente” da bola, recusando-se, por exemplo, a sair com a mãe para ir ao super-mercado se não levasse com ele uma bola.

Reinstalada a família em Barcelona, pois a separação do filho não era possível, em 30 meses Leonel cresceu 30 cm e chegou aos seus actuais 1, 70. Aos 13 anos tinha um 1,40 o que não o impedia de se sair bem na disputa com miúdos mais velhos e mais altos.

Mas a natureza da sua doença escondia um segredo que faria dele o jogador de futebol mais dotado mundo à excepção do seu compatriota Maradona, que se lhe equipara, até na altura e no baixo centro de gravidade.

Todos sabemos que os músculos do corpo humano obedecem a ordens emanadas do cérebro e que estes se limitam a cumprir, dentro das suas capacidades.

Essas ordens, no caso de Leonel Messi, saem “disparadas” seu cérebro para o famoso pé esquerdo onde chegam em tempo record, a tal ponto que se pode considerar uma “anormalidade”, o tal segredo...

Nenhum outro jogador do mundo consegue penetrar nas defesas adversárias em dribling à velocidade de Messi, ajudado por uma técnica insuperável em que a bola anda sempre colada aos pés, e um baixo centro de gravidade que lhe permite mais facilmente o equilíbrio.

Compreendo o desespero dos adversários que têm de o marcar e percebo o recurso à falta sistemática, às quais Messi, de habituado, já nem reage. O desarme, no respeito pelas leis do jogo, é quase impossível.

Integrado na equipa do Barcelona, cujos colegas de superior qualidade o conhecem e combinam com ele como irmão gémeo, consegue resultados que, por exemplo, ao serviço da Argentina já não alcança e onde, por vezes, parece um peixe fora de água.

Por alguma razão, o futebol é um jogo colectivo, de equipa que, no caso do Barcelona, potencia as extraordinárias qualidades de Messi.

Ronaldo conseguiu quase o impossível: “roubar” três Bolas de Ouro a Leonel Messi que, como vimos, é um caso de sobrevivência a uma doença de extrema complexidade onde os médicos, preparadores físicos e o dinheiro do Barcelona permitiram a este jovem simples e discreto, com os traços no rosto da doença de que sofreu, concretizar a genialidade futebolística de que nasceu dotado.


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