Bárbara Guimarães, de rosto descolorido. |
Bárbara
Guimarães
O casal mediático, Bárbara Guimarães e Maria Carrilho,
arrastam nos Tribunais um divórcio litigioso que revela enorme egoísmo e falta
de sensibilidade pelos filhos, o mais velho com 12 anos de idade, mais ou menos
a mesma que eu tinha quando, há mais de 60 anos, os meus pais me fizeram passar
por situação idêntica.
Naquela idade há demasiada fragilidade na estrutura
psicológica e sentimental das crianças que se sentem ainda demasiado ligadas às
mães que lhes dispensaram os primeiros cuidados.
Eu sei que os tempos são outros, mas naqui lo que é o essencial das nossas infâncias, a
ligação aos pais e principalmente às mães, continua e continuará, forte e
imutável.
Recordando o meu passado como filho, teria preferido
que Bárbara Guimarães se tivesse apresentado nos Tribunais pintada a rigor,
como nos seus melhores programas de televisão, não para agradar aos
telespectadores mas ao filho de doze anos, mesmo desagradando aos advogados.
Fazer passar através de um semblante descolorido uma
imagem de drama e sofrimento, pode impressionar bem os juízes num Tribunal, mas
choca a sensibilidade do filho habituado, em situações normais, a ver a mãe
pintada, especialmente os lábios, fortemente vincados a encarnado.
A minha mãe também era loira, bonita, e pintava,
também ela, os lábios de encarnado, que fica bem com os cabelos louros.
Na
década se cinquenta, as senhoras da sociedade, caprichavam na pintura do rosto
muito mais do que agora, e essa imagem do rosto da minha mãe, pintado e
arranjado, transmitia-me a mim, como filho ainda criança, uma sensação de
normalidade, de que estava tudo bem com ela.
Quando, no processo de divórcio dos meus pais, a vi na
Tutoria da Infância, sem pinturas, nem arranjos o que eu senti, como filho, foi
um choque de dor e desagrado.
Que sentirá o filho de Bárbara quando se encontra com
a mãe nos Tribunais, se é que se encontra, e a vê de rosto descolorido,
desmaiado, como se fosse em sinal de luto?...
Ser filho de pais mediáticos não ajuda, quebra o
anonimato, o que, em situações destas, agrava o sofrimento dos filhos que se
vêm apontados a dedo.
Bárbara e Carrilho, com este divórcio, não pensaram no
interesse dos filhos que vão ficar marcados por ele para o resto da vida.
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