sexta-feira, fevereiro 19, 2016

Bárbara Guimarães, de rosto descolorido.

Bárbara Guimarães

 















O casal mediático, Bárbara Guimarães e Maria Carrilho, arrastam nos Tribunais um divórcio litigioso que revela enorme egoísmo e falta de sensibilidade pelos filhos, o mais velho com 12 anos de idade, mais ou menos a mesma que eu tinha quando, há mais de 60 anos, os meus pais me fizeram passar por situação idêntica.

Naquela idade há demasiada fragilidade na estrutura psicológica e sentimental das crianças que se sentem ainda demasiado ligadas às mães que lhes dispensaram os primeiros cuidados.

Eu sei que os tempos são outros, mas naquilo que é o essencial das nossas infâncias, a ligação aos pais e principalmente às mães, continua e continuará, forte e imutável.

Recordando o meu passado como filho, teria preferido que Bárbara Guimarães se tivesse apresentado nos Tribunais pintada a rigor, como nos seus melhores programas de televisão, não para agradar aos telespectadores mas ao filho de doze anos, mesmo desagradando aos advogados.

Fazer passar através de um semblante descolorido uma imagem de drama e sofrimento, pode impressionar bem os juízes num Tribunal, mas choca a sensibilidade do filho habituado, em situações normais, a ver a mãe pintada, especialmente os lábios, fortemente vincados a encarnado.

A minha mãe também era loira, bonita, e pintava, também ela, os lábios de encarnado, que fica bem com os cabelos louros.

Na década se cinquenta, as senhoras da sociedade, caprichavam na pintura do rosto muito mais do que agora, e essa imagem do rosto da minha mãe, pintado e arranjado, transmitia-me a mim, como filho ainda criança, uma sensação de normalidade, de que estava tudo bem com ela.

Quando, no processo de divórcio dos meus pais, a vi na Tutoria da Infância, sem pinturas, nem arranjos o que eu senti, como filho, foi um choque de dor e desagrado.

Que sentirá o filho de Bárbara quando se encontra com a mãe nos Tribunais, se é que se encontra, e a vê de rosto descolorido, desmaiado, como se fosse em sinal de luto?...

Ser filho de pais mediáticos não ajuda, quebra o anonimato, o que, em situações destas, agrava o sofrimento dos filhos que se vêm apontados a dedo.

Bárbara e Carrilho, com este divórcio, não pensaram no interesse dos filhos que vão ficar marcados por ele para o resto da vida.

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