quinta-feira, março 03, 2016

O extremismo

ambiental

no seu melhor...
   










«Três montanhistas salvaram dois homens e um rapaz que se perderam na zona das Minas dos Carris, na Serra do Gerês. Esta foi a notícia a 9 de Janeiro. Agora, avança o Jornal de Notícias, os seis receberam notificações para pagar multa.

Em causa está o facto de todos eles terem sido detectados a passar por uma zona de protecção total sem autorização, escreve o JN.

Tanto os montanhistas resgatados como aqueles que os salvaram são convidados a pagar uma coima mínima de 200 euros e os custos do processo, no valor de 51 euros. Caso não efectuem o pagamento, escreve o jornal, o processo prossegue e o valor a pagar pode chegar aos dois mil euros.» [DN]
   
Parecer de O Jumento:

- Sem comentários a não ser que da próxima ficam a morrer até que um qualquer senhor burocrata do ambiente autorize o salvamento.

Nota

Desenvolve-se uma cultura de obediência cega ao Chefe que, em vez de incutir sensatez e inteligência na interpretação das normas aos seus funcionários,  exige respeito e subordinação, exactamente a mesma que ele pratica com o Chefe dele... 

Poderá sempre dizer que era aquilo que estava na lei... além de que os funcionários não foram admitidos para pensar mas apenas para fazerem o que se lhes manda ou o que está escrito e, com uma frágil segurança no emprego, o melhor é mesmo não arriscar...

Os montanhistas que salvaram as três pessoas que se perderam na serra, primeiro, pagam a multa e depois, se estiverem dispostas a isso, discutem com o juiz a justiça do pagamento da dita cuja... É ridículo e caricato que seja assim mas é o que é...

Este é o nosso funcionalismo público por dentro, que vem de longe, e não é fácil alterar. A maneira de pensar é uma herança do passado. As pessoas morrem e ele perdura pelas gerações seguintes... atenuado que seja pelo tempo.
  

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