O mundo maravilhoso á minha volta... |
A Vida Depois
da Morte?
Ao fim de 4 mil milhões de anos desde o início
da evolução da vida ao cimo da terra, o cérebro humano é o expoente máximo da
perfeição, melhor dizendo, da complexidade a que se chegou.
Capaz de formular pensamentos abstractos, o
primeiro deles foi, sem dúvida, quando se confrontou com a morte de parentes e
amigos do mesmo grupo.
Desde aí nunca mais pararam as interrogações
que depressa evoluíram para as mais diversas crenças sobre aquele momento mágico
que era o fim da vida.
E agora?...
– Aceitar a morte física como o fim de tudo era
inaceitável para o cérebro humano que almejava à vida eterna, aqui , ou em qualquer outro lado.
Confortamo-nos perante a morte mas não a
aceitamos. De todas as crenças foi esta, aquela que o nosso cérebro aceitou com
mais agrado.
As religiões vão encarregar-se de apresentar várias
versões da vida pós- morte e essas crenças vão moldar as culturas em que as
sociedades se vão desenvolver.
Mas, de comum a todas elas, a vida continua...
mais não seja regressando a ela através de fenómenos de reencarnação no mesmo
corpo ou em outro corpo e, numa solução mais sofisticada ainda, em corpo algum,
transformando-se a vida pós-morte numa forma de energia pura como é no caso do Induísmo.
O cérebro pensante tem necessidade de encontrar
uma explicação lógica e sensata para tudo, porque o raciocínio que nos orienta na vida é lógico e, viver para morrer é destituído de lógica. Aparentemente, não
faria sentido...
- Mas, será isto verdadeiro?
- Ou trata-se apenas de uma verdade de conveniência,
do nosso agrado?
A verdade, é que nós não gostamos de morrer e,
no entanto, embora ultimamente tenhamos prolongado a vida enormemente e com
qualidade e, continuaremos com certeza a fazê-lo, não está nas previsões mais opt imistas a vida eterna, sempre procurada através dos
“elixires da longa vida”.
Ramsés II, mandou gravar o nome na pedra com
sulcos tão profundos que a sua leitura ficou assegurada através dos séculos, e
ser recordado pelos vivos é uma forma, a única, de se continuar vivo.
A ciência, hoje em dia, aceita experiências pós-morte
pois, da mesma maneira que não se envelhece de um momento para o outro, também
a vida no corpo não termina em todo ele ao mesmo tempo.
Pessoalmente, não sendo religioso, entendo a
morte como o fim de um processo de vida que começou aqui
e termina aqui como, de resto, todas
as outras formas de vida que vejo ao meu redor e de que também faço parte.
A minha morte, como fim da minha vida, não só
me liberta da necessidade de explicações especulativas e mirabolantes, destituídas de qualquer
base científica, como também, faz todo o sentido.
A minha vida continua nos meus filhos, nos meus
parentes mais novos, nos meus amigos, em todos aqueles com quem convivi ao
longo da vida e que, espero, nem todos me tenham esquecido.
Mas, continua também, nos meus concidadãos, que
vão prosseguir esta experiência de vida em sociedade para a qual dei e continuo
a dar o meu contributo.
Não sejamos egoístas, o corpo da sociedade a
que pertencemos é mais importante que cada uma das nossas individualidades,
embora, para nossa alegria pessoal, é o somatório de todas elas, e da nossa
também, que faz o todo da sociedade.
Como é possível admitir que todos os
escritores, músicos, artistas, cientistas, figuras da história, presente e
passada, morreram?... eles não precisaram de nenhuma religião para serem
eternos.
Estão, para sempre, gravados na história da humanidade demonstrando que,
se queremos continuar vivos após a morte, então, vivamos com intensidade as
nossas vidas, exploremos todas as nossas capacidades ao limite e, se não der para ficarmos na história pelos nossos feitos, procuremos, então, ser apenas
felizes.
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