segunda-feira, abril 04, 2016

O mundo maravilhoso á minha volta...
A Vida Depois

da Morte?















Ao fim de 4 mil milhões de anos desde o início da evolução da vida ao cimo da terra, o cérebro humano é o expoente máximo da perfeição, melhor dizendo, da complexidade a que se chegou.

Capaz de formular pensamentos abstractos, o primeiro deles foi, sem dúvida, quando se confrontou com a morte de parentes e amigos do mesmo grupo.

Desde aí nunca mais pararam as interrogações que depressa evoluíram para as mais diversas crenças sobre aquele momento mágico que era o fim da vida.

E agora?...

– Aceitar a morte física como o fim de tudo era inaceitável para o cérebro humano que almejava à vida eterna, aqui, ou em qualquer outro lado.

Confortamo-nos perante a morte mas não a aceitamos. De todas as crenças foi esta, aquela que o nosso cérebro aceitou com mais agrado.

As religiões vão encarregar-se de apresentar várias versões da vida pós- morte e essas crenças vão moldar as culturas em que as sociedades se vão desenvolver.

Mas, de comum a todas elas, a vida continua... mais não seja regressando a ela através de fenómenos de reencarnação no mesmo corpo ou em outro corpo e, numa solução mais sofisticada ainda, em corpo algum, transformando-se a vida pós-morte numa forma de energia pura como é no caso do Induísmo.

O cérebro pensante tem necessidade de encontrar uma explicação lógica e sensata para tudo, porque o raciocínio que nos orienta na vida é lógico e, viver para morrer é destituído de lógica. Aparentemente, não faria sentido...

- Mas, será isto verdadeiro?

- Ou trata-se apenas de uma verdade de conveniência, do nosso agrado?

A verdade, é que nós não gostamos de morrer e, no entanto, embora ultimamente tenhamos prolongado a vida enormemente e com qualidade e, continuaremos com certeza a fazê-lo, não está nas previsões mais optimistas a vida eterna, sempre procurada através dos “elixires da longa vida”.

Ramsés II, mandou gravar o nome na pedra com sulcos tão profundos que a sua leitura ficou assegurada através dos séculos, e ser recordado pelos vivos é uma forma, a única, de se continuar vivo.

A ciência, hoje em dia, aceita experiências pós-morte pois, da mesma maneira que não se envelhece de um momento para o outro, também a vida no corpo não termina em todo ele ao mesmo tempo.

Pessoalmente, não sendo religioso, entendo a morte como o fim de um processo de vida que começou aqui e termina aqui como, de resto, todas as outras formas de vida que vejo ao meu redor e de que também faço parte.

A minha morte, como fim da minha vida, não só me liberta da necessidade de explicações especulativas e mirabolantes, destituídas de qualquer base científica, como também, faz todo o sentido.

A minha vida continua nos meus filhos, nos meus parentes mais novos, nos meus amigos, em todos aqueles com quem convivi ao longo da vida e que, espero, nem todos me tenham esquecido.

Mas, continua também, nos meus concidadãos, que vão prosseguir esta experiência de vida em sociedade para a qual dei e continuo a dar o meu contributo.

Não sejamos egoístas, o corpo da sociedade a que pertencemos é mais importante que cada uma das nossas individualidades, embora, para nossa alegria pessoal, é o somatório de todas elas, e da nossa também, que faz o todo da sociedade.

Como é possível admitir que todos os escritores, músicos, artistas, cientistas, figuras da história, presente e passada, morreram?... eles não precisaram de nenhuma religião para serem eternos. 

Estão, para sempre, gravados na história da humanidade demonstrando que, se queremos continuar vivos após a morte, então, vivamos com intensidade as nossas vidas, exploremos todas as nossas capacidades ao limite e, se não der para ficarmos na história pelos nossos feitos, procuremos, então, ser apenas felizes.

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