Santarém |
Hoje é
Domingo
Quando se chega a uma certa idade -
varia conforme os casos – o fervor clubístico diminui de ímpeto e os excessos
desaparecem, embora, por feitio e temperamento. eu nunca tenha feito parte dos chamados "doentes da bola".
Desgosta-me e entristece-me que o meu
Sporting, de há mais de sessenta anos, quase setenta, do Jesus Correia, Vasques,
Peyroteu, Travassos e Albano, assim, de cor e sem hesitações, tenha hoje à
frente dos seus destinos as três personalidade que lá estão: Bruno de Carvalho,
a Presidente, Jorge Jesus, a treinador e Octávio Machado, a Director Geral.
O Campeonato vai acabar hoje e o
Benfica, seu grande rival será, com certeza, ao fim de 39 anos, tri-campeão, nada que tivesse sido previsto como meta, no início da época com a saída de Jorge
Jesus e a entrada de um novo treinador, pela primeira vez na alta roda do
futebol nacional.
Será, de certa forma, a vitória da
descrição e moderação contra o exibicionismo e o protagonismo das equi pas responsáveis por cada um cada daqueles
Clubes.
Efectivamente, o meu Sporting tornou-se
trauliteiro e provocador devido aos excessos de linguagem e à irreverência de
comportamentos/pouca educação do seu jovem Presidente.
Valha a verdade, que ele teve a coragem
de saltar lá das bancadas da Juve-Leo, que era o seu lugar, para assumir os
destinos de um Clube, endividado e falido.
Honra lhe seja feita, isto deve ser dito
e reconhecido e, por esta razão, esta não é uma Presidência normal.
As decisões de carácter financeiro,
restrição das despesas correntes e negociações da dívida com o BES, correram
bem quanto este já estava próximo da derrocada.
Bruno Carvalho, Presidente do Sporting,
que vi correr no relvado do campo de futebol com um jogador às costas, feito
garoto, foi para mim, e devo reconhecê-lo, a primeira colherada do “óleo de fígado
de bacalhau” que tive de engolir.
Fez bem ao meu Clube mas soube muito mal
ao meu paladar de sócio e adept o.
Depois da negociação das dívidas, que
herdara das Direcções anteriores, com o BES, a sua grande decisão foi a
contratação do treinador Jorge Jesus que terminara o contrato com o Benfica na
qualidade de bi-campeão nacional.
Este senhor, que tem “tanto de bom
treinador como de mau carácter” e não sou eu que o digo mas um jornalista
respeitado do nosso mundo do futebol e que o conhece de certeza melhor do que eu, mas subscrevo, foi para mim a
segunda colherada do “óleo de fígado de bacalhau”, o tal que faz bem mas sabe
mal.
Finalmente, como não há duas sem três,
Bruno de Carvalho, foi buscar para Director-Geral, Octávio Machado, a quem
chamo de “hortelão”, porque estava a tratar da sua qui nta
lá em Palmela, e constituiu a terceira colherada do “óleo de fígado de bacalhau”
e, como não vejo nele qualquer outra utilidade, parece-me que só tenha servido
para completar o trio de trauliteiros.
Assim, o meu sportinguismo, hibernou...
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