terça-feira, junho 21, 2016

Éfeso


Visitei, há anos, esta cidade, por duas vezes. Primeiro, numa excursão de barco, outra indo por terra, numa viagem à Turquia.

Desci esta alameda, procurando imaginar-me de sandálias e túnica próprias da época, reconstruindo, mentalmente, todo o espaço à minha volta.

É um exercício sedutor de regresso às origens porque foi ali que a nossa cultura teve início, onde tudo de verdadeiramente relevante, começou para a nossa civilização.

A cidade era célebre pelo Templo de Artémis, construído por volta de 550 anos AC e considerado uma das 7 maravilhas do mundo antigo.

Mais tarde, em 401 DC, foi destruído, como muitos outros edifícios, por uma multidão instigada por São João Crisóstomo, no meio da histeria dos cristãos contra o paganismo.

Voltou a cidade a ser reconstruída pelo Imperador Constantino, e novamente destruída, desta vez por um terramoto, em 614.

A morte definitiva veio, no entanto, progressivamente a acontecer com o assoreamento do porto e a perda da sua importância como centro comercial.

O seu teatro para 25.000 espectadores é também visita obrigatória não só porque está muito bem conservado como pelas suas vistas sobre o mar que, então estava muito mais próximo do que agora.

Toda a gente importante da civilização grega e, por arrasto, da romana, tinha aqui o seu poiso. Era aqui que se fazia a história que depois seria construída fora dela.

Com uma população de ente 250.000 a 500.000 habitantes era a 2ª maior cidade do mundo. Nela viveram cientistas, filósofos, a mãe de Jesus da Nazaré, apóstolos como São Paulo que aqui pregou...

Ao fundo, a fachada da biblioteca, razoavelmente bem conservada, ao tempo só superada pela da Alexandria. 

Uma curiosidade: ao fundo, do lado direito da biblioteca, havia uma casa de damas que estava ligada à biblioteca por uma passagem secreta. É natural que a leitura de livros acabasse no exame ao corpo humano...



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