(A verdade sobre este assunto)
Na
década de 1950 foi receitado às mulheres grávidas um medicamento chamado
Talidomida para combater os enjoos matinais e indisposições características
destas situações e que se julgava, então, não ter efeitos colaterais.
O resultado foi trágico com milhares
de crianças deficientes em todo o mundo.
A produção deste medicamento foi
suspensa mas continuou a pensar-se que os enjoos e indisposições da gravidez
eram algo que tinha de ser curado.
Hoje, sabe-se que as mulheres estão
biologicamente preparadas para protegerem os seus bebés durante o seu
desenvolvimento.
Repare-se:
- As grávidas evitam,
instintivamente, certos alimentos;
- Os alimentos ingeridos deslocam-se
durante mais tempo ao longo dos intestinos;
- O fluxo sanguíneo para os rins
aumenta;
- O fígado eleva gradualmente a
produção de enzimas;
- O nariz torna-se mais sensível aos
cheiros;
- Até o hábito, aparentemente
bizarro, de comer argila ganha sentido porquanto está provado que a argila
reduz a absorção de produtos químicos tóxicos sendo usada para tratar de
problemas de estômago e náuseas.
Tudo isto configura um importante
“Plano de Guerra” biológico que evoluiu durante milhões de gerações, muito
antes do aparecimento da nossa espécie, para resolver um problema recorrente de
sobrevivência e reprodução.
É que os enjoos da gravidez ocorrem
principalmente durante aquele período em que no feto se desenvolvem os
principais sistemas de órgãos e que constitui um momento mais sensível às
toxinas.
Em 1940, um médico investigador referia que as mulheres que
sofriam de enjoos graves durante a gravidez tinham menos propensão para
abortar.
Os alimentos mais condimentados e
amargos são mais suscept íveis de
provocar enjoos do que os alimentos insípidos sabendo-se, como se sabe, que
esses alimentos muito condimentados e amargos estão implicados em abortos e
deficiências do feto.
Percebe-se, assim o motivo, porque
sendo os enjoos, em si mesmo, desagradáveis à mulher e ao bebé que vai nascer,
pelo qual milhões e milhões de mulheres em todo o mundo ficam misteriosamente
“enjoadas” quando engravidam e isto, sabendo-se, que a selecção natural elimina
as coisas que são desagradáveis.
Portanto, em resumo, os enjoos da
gravidez não constituem um mal que deva ser curado, mas tão-somente um
mecanismo testado e aprovado ao longo de milhões de gerações, dentro do
processo de selecção natural, para ajudar a resolver o problema da
sobrevivência e reprodução.
“A Evolução Para Todos” de David Sloan Wilson
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home