domingo, outubro 30, 2016

Hoje é Domingo
(Na minha cidade de Santarém em 30/10/16)













O Ordenado

O 1º Ministro António Costa, chamou para Presidente da Caixa Geral de Depósitos, Banco inteiramente público, António Domingos, cuja tarefa vai ser especialmente difícil e de responsabilidade tendo em vista a sua recapitalização com alguns milhares de milhões de euros para que ela continue a assegurar a confiança dos portugueses e a financiar a economia.

António Costa vai pagar-lhe um ordenado de acordo com a média dos vencimentos que o senhor ganhou nos últimos 3 anos, o que parece ser perfeitamente razoável, qualquer coisa da ordem dos 30 mil euros mensais mais os prémios de fim-de-ano por metas atingidas.

Muita imprensa e políticos da oposição ficaram escandalizados com a exorbitância deste montante num país com um tão baixo salário mínimo.

António Costa justifica-se e diz que aquele valor está em linha com outros para funções equiparadas na Banca privada com a qual a CGD vai ter que competir.

O visado parece ser pessoa muito qualificada para o exercício daquelas funções e era mesmo disputado não só cá dentro como também fora do país.

Mais “mil” ou menos “mil” no ordenado do Presidente da CGD é completamente irrelevante para a vida daquela instituição, mas já não serão irrelevantes as decisões que ele vier a tomar no exercício das funções, tanto mais que o Banco necessita de ser recapitalizado com milhares de milhões de euros, dinheiro público, de todos nós, para que possa prosseguir as suas importantes funções, mantendo a confiança de todos os seus depositantes e o apoio à economia português.

A escolha deste senhor é, pois, extremamente importante e não devemos ter por aí tantos “entendidos na matéria” como este que tem provas dadas e inclusivamente era até disputado fora do país, em bancos estrangeiros.

De resto, nenhuma voz se levantou quanto à sua qualidade, indiscutível, apenas aquilo que ele vai ganhar...

Se não fosse a “politiquice”, que impera sempre nos partidos que estão na oposição, ou no "contra", diríamos que era a inveja, característica dos portugueses, que gostam muito de se preocuparem com “tostões” e “trocos” sem olharem ao essencial: o mérito e a qualidade das pessoas que recrutamos para certos lugares de responsabilidade do Estado.

Claro que nenhum de nós está em condições de avaliar o Sr. Dr. António Domingos que até agora, e desde 1995, era Administrador Financeiro no BPI. Só os do seu meio podem fazer essa avaliação. A mim, que votei António Costa, por razões de confiança política, e que ao fim de todo este tempo continuo a manter, porque não me desiludiu, chega-me essa confiança.

Não podemos, a propósito de cada decisão, escrutinar, ou pôr em dúvida, a escolha que fizemos, não fazia nenhum sentido.

O ordenado que vai ganhar a pessoa escolhida por António Costa para Presidente da CGD, dentro do valor que lhe foi atribuído, só pode ser mesmo conversa de “comadres”...

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