sexta-feira, março 17, 2017

Resultado de imagem para felicidadeA Felicidade







                                                                                                                       







“A felicidade consiste em ter boa saúde e má memória”. Quem nos diz isto é um psiquiatra espanhol, Enrique Rojas, que no seu livro, “SOS Ansiedade”, lançado recentemente, entende que esta fórmula, “ter boa saúde e má memória” é a chave para a felicidade.

Por outras palavras, é preciso melhorar a expressão dos nossos sentimentos para nos sentirmos bem.

Uma relação conjugal, por exemplo, foi concebida pela natureza para durar três anos: durante a gravidez e mais dois anos para protecção da criança nos primeiros tempos de vida, naquela linha de que o homem é essencialmente macho e a mulher essencialmente mãe, como dizia o nosso único Prémio Nobel, Prof. Egas Moniz.

Por quê, então, a boa saúde e a má memória?

Ser feliz, implica um esforço, um compromisso com os outros. As pessoas têm um reduzido diálogo interior ou, em linguagem mais corriqueira, falam demasiado ao telemóvel para fugirem à conversa consigo próprios.

- Quem sou? – Para onde vou? – Com quem vou?

Para se dar alguma profundidade à vida tem que se reflectir sobre estas três questões essenciais.

Quem não faz este esforço dificilmente consegue ser feliz, aumentando a ansiedade, que é natural que exista em todos nós, e é positiva, se não atingir os limites do patológico.

Daí a “boa saúde e a má memória”.

Pessoalmente, na minha vida, combati a ansiedade, baixando o nível das expectativas não deixando, contudo, em segredo de mim próprio, de lutar por elas.

Sim, a gente sabe que há nas farmácias uns comprimidos que nos ajudam a suprir a ansiedade, os ansiolíticos mas, melhor do que eles, é criar na nossa vida, ordem, disciplina e desenvolver a vontade para que ela não seja um barco à deriva.

Nada se consegue que não seja através de um acto de vontade, ou seja, sem esforço, mas esta luta é só a primeira forma de combater a ansiedade.

O nosso cérebro, é a última expressão de um processo de criação que começou há 4,5 mil milhões de anos e apelar para ele é o que de mais inteligente podemos fazer, por nós e para nós... Aqui entra a má memória.

A vida é o presente e o futuro, o resto é a embalagem que nos fez chegar até aqui. Um colega e amigo meu de carteira, nos últimos dias da sua vida, atormentado por um cancro, pedia à mulher que o levasse a ver o mar procurando nele algo para além da saúde, definitivamente perdida, mas um futuro desconhecido.

Mas enquanto esses momentos não chegam e por aqui continuemos a viver, lembremo-nos que pedir perdão é um acto de amor e a felicidade consiste em ter "boa saúde e má memória".


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