“A felicidade consiste em ter boa saúde e má memória”. Quem nos diz isto é um psi
Por outras palavras,
é preciso melhorar a expressão dos nossos sentimentos para nos sentirmos bem.
Uma relação conjugal,
por exemplo, foi concebida pela natureza para durar três anos: durante a
gravidez e mais dois anos para protecção da criança nos primeiros tempos de
vida, naquela linha de que o homem é essencialmente macho e a mulher essencialmente
mãe, como dizia o nosso único Prémio Nobel, Prof. Egas Moniz.
Por quê, então, a
boa saúde e a má memória?
Ser feliz, implica
um esforço, um compromisso com os outros. As pessoas têm um reduzido diálogo
interior ou, em linguagem mais corriqueira, falam demasiado ao telemóvel para
fugirem à conversa consigo próprios.
- Quem sou? – Para onde
vou? – Com quem vou?
Para se dar alguma
profundidade à vida tem que se reflectir sobre estas três questões essenciais.
Quem não faz este
esforço dificilmente consegue ser feliz, aumentando a ansiedade, que é natural
que exista em todos nós, e é positiva, se não atingir os limites do patológico.
Daí a “boa saúde e a
má memória”.
Pessoalmente, na
minha vida, combati a ansiedade, baixando o nível das expectativas não
deixando, contudo, em segredo de mim próprio, de lutar por elas.
Sim, a gente sabe
que há nas farmácias uns comprimidos que nos ajudam a suprir a ansiedade, os
ansiolíticos mas, melhor do que eles, é criar na nossa vida, ordem, disciplina
e desenvolver a vontade para que ela não seja um barco à deriva.
Nada se consegue que
não seja através de um acto de vontade, ou seja, sem esforço, mas esta luta é só
a primeira forma de combater a ansiedade.
O nosso cérebro, é a última
expressão de um processo de criação que começou há 4,5 mil milhões de anos e apelar
para ele é o que de mais inteligente podemos fazer, por nós e para nós... Aqui entra a má memória.
A vida é o presente
e o futuro, o resto é a embalagem que nos fez chegar até aqui . Um colega e amigo meu de carteira, nos últimos
dias da sua vida, atormentado por um cancro, pedia à mulher que o levasse a ver
o mar procurando nele algo para além da saúde, definitivamente perdida, mas um
futuro desconhecido.
Mas enquanto esses
momentos não chegam e por aqui
continuemos a viver, lembremo-nos que pedir perdão é um acto de amor e a
felicidade consiste em ter "boa saúde e má memória".
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