José Mourinho
JOSÉ MOURINHO
Esperava-se este desenlace a qualquer momento pois era notório que a equipa do Chelsea vinha a acusar uma progressiva falta de eficácia com três empates seguidos e exibições menos conseguidas.
José Mourinho tem uma reputação de vencedor a defender e mesmo que possa argumentar com lesões de jogadores “chave”, erros evidentes de arbitragem, aquisições do patrão contra a sua vontade e que, realmente, não provaram dentro das 4 linhas, casos do Balack e Shechenko, falta de reforços em quantidade e qualidade indispensáveis quando se tem como meta ganhar a Liga Inglesa e a dos Campeões Europeus, o que é verdade é que só as vitórias lhe interessam e tudo o resto são desculpas.
O mundo do futebol é, cada vez mais, um mundo “cão” na medida em que o sucesso só se mede por vitórias e estas por dinheiro e quando o dinheiro já é tanto que, ele próprio, deixou de ser o principal objectivo, resta a satisfação de caprichos pessoais e notoriedade a nível mundial de quem tem recursos financeiros quase ilimitados.
Michel Platini, presidente da UEFA e ex jogador francês, afirmou a representantes dos principais governos da Europa que está preocupado com o grande valor que se dá ao dinheiro no futebol e pediu que o carácter desportivo seja prioritário no Tratado da Reforma da União Europeia.
Segundo Platini:
-“ A distorção nos valores desportivos não obteve uma resposta adequada das instituições europeias que continuam a não reconhecer a natureza específica do desporto e a necessidade de medidas que igualem as competições”.
E acrescentou:
-“ O Tratado da Reforma da EU não está a discutir o tema de forma aprofundada, mesmo quando os adeptos do futebol na Europa pedem a criação de um modelo desportivo baseado na solidariedade financeira com os mais desfavorecidos”
Para o Presidente da UEFA o futebol, ao defender valores fundamentais para a integração social e a sua luta contra o racismo, violência, descriminação, doping e defesa do “fair play”, mostra que o desporto está na vanguarda para se criar uma consciência europeia.
“Os valores desportivos devem estar acima do dinheiro. O futebol é algo que unifica a Europa e ultrapassa fronteiras e por isso deve receber o apoio que precisa.”
José Mourinho é um homem do futebol, nasceu para ele com o pai, de quem me lembro ainda como guarda redes do Vitória de Setúbal, mas dotado de grande inteligência, ( 1º no seu curso) perspicácia e uma ambição que não cabia nas quatro linhas do campo deixou-se de pontapés na bola e enveredou pela carreira de treinador de futebol tendo sido já eleito, por duas vezes, o melhor do mundo.
Não gosto de especular mas parece-me evidente, por razões perfeitamente compreensíveis, que José Mourinho deixou de interessar a Roman Abramovich por ser um empecilho ao seu projecto de “ quero, posso e mando” e este a José Mourinho por não lhe conceder a liberdade de decisões de que um líder tem que dispor para o poder ser.
Acresce, que este período vitorioso do Chelsea da responsabilidade de José Mourinho, ao fim de 50 anos de apagada e vil tristeza, não iria prolongar-se e nada melhor que sair quando o som dos aplausos ainda se ouvem ao longe.
Por isso, entre um multimilionário russo com cara de pasmado e um portuguesinho esperto e atrevidote foi, sem dúvida, este último, o que melhor se saiu e já nem falo nos milhões que não fazem falta nenhuma ao Roman mas que asseguram, em definitivo, o futuro dos filhos do José.
Mourinho, por imperativos do Contrato de Rescisão que, frise-se, foi da vontade de ambas as partes, como atrás ficou explicado, não pode, para já, treinar outro Clube em Inglaterra o que ele, de resto, também não desejava por motivos quase óbvios, mas a imagem que deixa atrás de si na orgulhosa Albion é a de um português que afrontou sem medos e em estilo provocatório os desafios que lhe colocaram começando logo por dizer aos ingleses, à sua chegada e correndo os riscos do ridículo, que era o melhor e comprovando, nos anos seguintes, que era mesmo.
Esta terá sido, sem dúvida, das “tiradas” mais arriscadas de um emigrante português no estrangeiro e logo por cima na convencida e pretensiosa Grã-bretanha.
Esperava-se este desenlace a qualquer momento pois era notório que a equipa do Chelsea vinha a acusar uma progressiva falta de eficácia com três empates seguidos e exibições menos conseguidas.
José Mourinho tem uma reputação de vencedor a defender e mesmo que possa argumentar com lesões de jogadores “chave”, erros evidentes de arbitragem, aquisições do patrão contra a sua vontade e que, realmente, não provaram dentro das 4 linhas, casos do Balack e Shechenko, falta de reforços em quantidade e qualidade indispensáveis quando se tem como meta ganhar a Liga Inglesa e a dos Campeões Europeus, o que é verdade é que só as vitórias lhe interessam e tudo o resto são desculpas.
O mundo do futebol é, cada vez mais, um mundo “cão” na medida em que o sucesso só se mede por vitórias e estas por dinheiro e quando o dinheiro já é tanto que, ele próprio, deixou de ser o principal objectivo, resta a satisfação de caprichos pessoais e notoriedade a nível mundial de quem tem recursos financeiros quase ilimitados.
Michel Platini, presidente da UEFA e ex jogador francês, afirmou a representantes dos principais governos da Europa que está preocupado com o grande valor que se dá ao dinheiro no futebol e pediu que o carácter desportivo seja prioritário no Tratado da Reforma da União Europeia.
Segundo Platini:
-“ A distorção nos valores desportivos não obteve uma resposta adequada das instituições europeias que continuam a não reconhecer a natureza específica do desporto e a necessidade de medidas que igualem as competições”.
E acrescentou:
-“ O Tratado da Reforma da EU não está a discutir o tema de forma aprofundada, mesmo quando os adeptos do futebol na Europa pedem a criação de um modelo desportivo baseado na solidariedade financeira com os mais desfavorecidos”
Para o Presidente da UEFA o futebol, ao defender valores fundamentais para a integração social e a sua luta contra o racismo, violência, descriminação, doping e defesa do “fair play”, mostra que o desporto está na vanguarda para se criar uma consciência europeia.
“Os valores desportivos devem estar acima do dinheiro. O futebol é algo que unifica a Europa e ultrapassa fronteiras e por isso deve receber o apoio que precisa.”
José Mourinho é um homem do futebol, nasceu para ele com o pai, de quem me lembro ainda como guarda redes do Vitória de Setúbal, mas dotado de grande inteligência, ( 1º no seu curso) perspicácia e uma ambição que não cabia nas quatro linhas do campo deixou-se de pontapés na bola e enveredou pela carreira de treinador de futebol tendo sido já eleito, por duas vezes, o melhor do mundo.
Não gosto de especular mas parece-me evidente, por razões perfeitamente compreensíveis, que José Mourinho deixou de interessar a Roman Abramovich por ser um empecilho ao seu projecto de “ quero, posso e mando” e este a José Mourinho por não lhe conceder a liberdade de decisões de que um líder tem que dispor para o poder ser.
Acresce, que este período vitorioso do Chelsea da responsabilidade de José Mourinho, ao fim de 50 anos de apagada e vil tristeza, não iria prolongar-se e nada melhor que sair quando o som dos aplausos ainda se ouvem ao longe.
Por isso, entre um multimilionário russo com cara de pasmado e um portuguesinho esperto e atrevidote foi, sem dúvida, este último, o que melhor se saiu e já nem falo nos milhões que não fazem falta nenhuma ao Roman mas que asseguram, em definitivo, o futuro dos filhos do José.
Mourinho, por imperativos do Contrato de Rescisão que, frise-se, foi da vontade de ambas as partes, como atrás ficou explicado, não pode, para já, treinar outro Clube em Inglaterra o que ele, de resto, também não desejava por motivos quase óbvios, mas a imagem que deixa atrás de si na orgulhosa Albion é a de um português que afrontou sem medos e em estilo provocatório os desafios que lhe colocaram começando logo por dizer aos ingleses, à sua chegada e correndo os riscos do ridículo, que era o melhor e comprovando, nos anos seguintes, que era mesmo.
Esta terá sido, sem dúvida, das “tiradas” mais arriscadas de um emigrante português no estrangeiro e logo por cima na convencida e pretensiosa Grã-bretanha.
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