INFORMAÇÕES ADICIONAIS
À ENTREVISTA Nº 78 SOB O TEMA:
“A VONTADE DE DEUS” (2)
O Providencialista Santo Agostinho
Providencialismo é essencial no Cristianismo tradicional. Está na raiz da cultura religiosa latino-americana, que não viveu o impacto colectivamente libertador da Reforma Protestante e da Modernidade.
Providencialismo é essencial no Cristianismo tradicional. Está na raiz da cultura religiosa latino-americana, que não viveu o impacto colectivamente libertador da Reforma Protestante e da Modernidade.
Considera-se que Agostinho, bispo de Hipona, é o primeiro grande providencialista da igreja. Em sua vida, Agostinho foi testemunha da queda do poderoso império romano nas mãos dos bárbaros e considerou que tamanho cataclismo histórico, só poderia ter ocorrido pela "vontade de Deus".
Seguindo essa interpretação providencial de tal evento histórico, Átila, o líder dos Hunos, que sitiou Roma e Constantinopla, foi chamado pelos cristãos daquela época "Flagelo de Deus", um título que reflecte o ideário providencial: mais do que um guerreiro capaz, Átila foi uma "prova" de Deus.
A história: um processo linear, guiado por Deus
Seguindo essa interpretação providencial de tal evento histórico, Átila, o líder dos Hunos, que sitiou Roma e Constantinopla, foi chamado pelos cristãos daquela época "Flagelo de Deus", um título que reflecte o ideário providencial: mais do que um guerreiro capaz, Átila foi uma "prova" de Deus.
A história: um processo linear, guiado por Deus
A concepção providencial enraizou-se durante séculos. Nos primeiros anos da conquista da América pelos espanhóis, muitos escritores católicos difundiram a ideia de que a "descoberta" do continente como um território para evangelizar havia sido uma acção providencial de Deus, uma decisão da vontade divina para compensar a igreja dos prejuízos causados à cristandade europeia pela Reforma Protestante.
A concepção providencial apresenta sempre a história como um processo linear governado por Deus: de uma fonte para um destino pré-determinado de antemão pela Divina Providência a partir de uma situação negativa, causada pelo pecado original, para a salvação final que só se alcança no “além”.
Para o providencialismo, nada do que acontece é da exclusiva responsabilidade da vontade humana sobre a qual prevalece a vontade de Deus, que desenha o destino dos homens, das nações e do mundo inteiro.
A doutrina da "predestinação", também desenvolvida por Agostinho e séculos mais tarde defendida por Lutero e Calvino, é uma expressão radical do providencialismo.
Naturalmente, estas ideias deitam por terra o sentido da liberdade humana.
A concepção providencial apresenta sempre a história como um processo linear governado por Deus: de uma fonte para um destino pré-determinado de antemão pela Divina Providência a partir de uma situação negativa, causada pelo pecado original, para a salvação final que só se alcança no “além”.
Para o providencialismo, nada do que acontece é da exclusiva responsabilidade da vontade humana sobre a qual prevalece a vontade de Deus, que desenha o destino dos homens, das nações e do mundo inteiro.
A doutrina da "predestinação", também desenvolvida por Agostinho e séculos mais tarde defendida por Lutero e Calvino, é uma expressão radical do providencialismo.
Naturalmente, estas ideias deitam por terra o sentido da liberdade humana.
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