sexta-feira, março 11, 2011

INFORMAÇÕES ADICIONAIS
À ENTREVISTA Nº 85 SOB O TEMA:
“SANTO SUDÁRIO” (2)


Fetishismo mágico, histórias improváveis.


O Fetichismo mágico das relíquias, incentivado pela hierarquia da igreja, que obtinha dele bons dividendos, tanto espirituais como em dinheiro, foi sempre em crescendo até tornar-se uma obsessão ao ponto de, por vezes, a codícia de uma relíquia, justificar homicídio, extorsão e mesmo guerras.

As Cruzadas, descarregaram sobre o ocidente uma inundação de relíquias, a maioria delas falsas, especialmente as pertencentes aos três primeiros séculos do cristianismo.

A inflação atingiu seus níveis mais elevados nos séculos XIV e XV, quando a indústria de manufactura de relíquias dava trabalho a alguns dos mais conceituadas artífices no mundo mediterrâneo oriental.

O mercado nunca se saturou, muito pelo contrário, a procura tem permanecido acima da oferta. Durante vários séculos, potentados, santuários e igrejas rivalizaram na posse de relíquias

Esta é a análise feita pelo historiador e filólogo espanhol Juan Eslava Galán bem documentado em seu livro "O Sudário de fraude e as relíquias de Cristo" (Editorial Planeta, 2004), que reúne histórias das relíquias mais incríveis (gotas de leite da Virgem, penas e ovos do Espírito Santo e várias cabeças de João Batista ...) e até mesmo grotescas como, por exemplo, o prepúcio de Jesus conservado e venerado como relíquia em pelo menos três lugares na Europa no século XIV.

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