sábado, março 26, 2011

INFORMAÇÔES ADICIONAIS
À ENTREVISTA nª 87 SOB O TEMA:

“O JUIZO FINAL (1)

Na Primeira Fila


A tradição em Israel colocou no Vale de Josafat, o local onde se celebraria o Juízo Final (Joel 4,2 e 12). Era um lugar simbólico e não geográfico. Cerca de 400 anos DC começou a identificar-se este vale simbólico com o Vale de Cedron, que separa o Monte das Oliveiras, da zona leste de Jerusalém.

Com base nessa tradição, gerações de israelitas foram enterrados no Vale do Cedron. Actualmente, esta área ao redor das muralhas de Jerusalém, é um grande cemitério. Inúmeras sepulturas estão orientadas para os portões da cidade Santa. Ali, os judeus fiéis esperam estar na primeira fila para o dia do Juízo Final.


A Mensagem Central


O "interrogatório" de Deus, a que Jesus se refere na entrevista a propósito do Juízo Final no Evangelho de Mateus (25,31-46), é fundamental para compreender o conteúdo do projecto de Jesus, a proposta do movimento que ele liderou:
- Jesus nunca propôs outra religião com outros rituais, orações, sacrifícios e promessas administradas por uma hierarquia. Ele proclamou, simplesmente, que Deus só queria uma ética nas relações humanas, baseada na justiça, compaixão e sensibilidade às necessidades dos nossos vizinhos.
Santiago, que liderou a comunidade de Jerusalém, após o assassinato de Jesus, foi muito claro quanto a esta solidariedade que foi central no movimento conduzido por seu irmão Jesus. E ele escreveu:


- De que serve a alguém, meus irmãos, dizer que tem fé sem apresentar obras? Será que essa fé pode salvá-lo? De que serve se um de vocês, ao ver um irmão ou irmã despida ou sem o alimento necessário, lhe diz: "Ide em paz aqueçam-se e comei” e não lhes der o que eles precisam para o seu corpo? O mesmo acontece com a fé: se não for acompanhada de obra, ela está morta. (Tiago 2:14-17).

No entardecer da vida seremos avaliados sobre o amor, assim o expressou séculos depois de Jesus e de Tiago, o poeta espanhol e místico João da Cruz e assim o formulou no século XX, o pensador russo Nicolas Berdyaev:
- “A minha própria fome poderia ser um problema material mas a fome dos demais é um problema espiritual porque é um problema de solidariedade."

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