sábado, setembro 17, 2011

INFORMAÇÕES ADICIONAIS



À 16ª ENTREVITA COM JESUS SOBRE O TEMA:


“JESUS ANALFABETO”



Alfabetização: Um Direito Recente

A escrita nasceu na Mesopotâmia há cerca de quatro mil anos mas durante a maior parte da história da humanidade ela foi um conhecimento reservado apenas às minorias: a casta sacerdotal, e alguns comerciantes. E embora sempre tenha havido mais leitores do que escritores, a leitura não era um saber comum até há relativamente pouco tempo na maioria dos países.

Até à descoberta da imprensa, os livros eram caros e raros. O uso cada vez mais frequente da imprensa na Europa desde o século XV favoreceu a leitura. É somente a partir do século XVIII que os livros começaram a ser procurados e apreciados pelas minorias ilustradas de cada sociedade.

Tal como acontece com muitos outros avanços da humanidade, a hierarquia da Igreja Católica Romana estava na defensiva contra a massificação da leitura com a invenção da imprensa. Em 1559, a Inquisição criou o Índice de Livros Proibidos, uma lista de nomes de autores e obras cuja leitura era proibida sob pena de excomunhão, bem como a lista de capítulos que teve que ser parcialmente censurada em livros permitidos. Em 1790, o último índice que foi publicado incluía um grande número de obras científicas indesejáveis para um bom católico.

Ainda que pareça incrível, esse Índice não desapareceu oficialmente até 1966. Se estas Entrevistas com Jesus fossem publicadas há algumas décadas atrás, certamente teriam entrado no Índice de Livros Proibidos.

O surgimento de Estados-Nação do século XVI, criou a necessidade de unificar e dar coesão às pessoas que viviam num determinado território e por isso iniciaram um processo de massificação do ensino de leitura e da escrita o que ainda não foi alcançado.

A UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, estima que se as tendências actuais continuarem - o empobrecimento das massas e a concentração da riqueza e do conhecimento - no ano de 2010 (já lá vai...) há ainda 830 milhões de adultos analfabetos no mundo. Muito mais pessoas, no entanto, serão analfabetas funcionais o que significa que apesar de alfabetizados não têm as competências básicas para a comunicação escrita.

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