sexta-feira, outubro 07, 2011

INFORMAÇÔES ADICIONAIS



À ENTREVISTA Nº19 SOBR O TEMA:


“MARIA MÂE DE DEUS?” (4º e último)

Como é o Dogma de Theotokos


Baring e Cashford relatam a origem do dogma de “Maria Mãe de Deus”:

Por volta do ano 431 D.C. Maria foi proclamada não só portadora "de Cristo", mas "portadora de Deus", (em grego, Theotokos), num concílio realizado em Éfeso e presidido por Cirilo de Alexandria.

O que tinha acontecido?

A posição de Maria já era no século IV, um motivo de preocupação óbvia. Epifânio, um padre da igreja, fez uma distinção clara: "Que Maria seja honrada, mas o Pai, o Filho e o Espírito sejam adorados." No primeiro Concílio de Constantinopla, no século IV, a maternidade virginal de Maria foi proclamada como forma de garantir a divindade de Cristo: o dogma chamava a atenção para a suspensão das leis naturais no momento da sua encarnação.
Mais tarde, no início do Sec. V, Nestório, patriarca de Constantinopla, ressaltou que Cristo tinha duas naturezas, uma humana e uma divina, o que significava que Maria carregou Cristo em seu ventre, mas não poderia ter sido Deus. Os Bispos da Síria concordaram com ele, mas não Cirilo, patriarca de Alexandria, pelo que decidiram realizar um concílio em Éfeso para discutir esta questão. Mas Cirilo declarou a abertura do Concílio antes da presença dos bispos Sírios e deixou isolado Nestório sem a presença dos Bispos da Síria que partilhavam também da sua posição. Cirilo excomungou Nestòrio e depois deste episódio no mínimo duvidoso, este dogma que nunca mais seria posto em dúvida.

Muitos autores e escritores destacam a "coincidência" deste dogma ter sido proclamado em Éfeso, uma cidade que era o centro do culto da Grande Mãe das religiões antigas, o culto da deusa frígia Cibele, a deusa Mãe Terra, adorada na Anatólia do período neolítico, e do culto da deusa Ártemis, deusa da caça (Diana para os romanos), uma deusa virgem e também intercessora junto dos deuses.

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