O Exílio de Ratzinger
O Vaticano que Ratzinger abandona é uma estrutura de poder tão
antiquada, tão protegida das centenas de milhões de verdadeiros católicos por
altíssimos muros de soberba, que se mostrou incapaz durante séculos de escutar,
por exemplo, o clamor da pederastia, tanto das vítimas como da protecção infame
dos culpados.
O sucessor de Bento XVI já sabe que para dirigir a barca de Pedro não são necessárias apenas “as orações e as boas palavras” mas também e sobretudo “o vigor tanto do corpo
como do espírito”.
A demissão de Ratzinguer não pode ser interpretado como um acto de rendição
mas como o grito de um homem que jamais levantou a voz.
El País - O Papa renuncia para limpar o Vaticano
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