O Grande Mito de Adão e Eva |
ADÃO E EVA
Esta
história marcou e continua a marcar o papel da mulher em toda a humanidade excepção feita para algumas tribos primitivas, vivendo em
contacto íntimo com a natureza, que não viram qualquer razão para subestimar a
importância da mulher ao longo de todo o seu processo de evolução.
A
religião foi ao longo dos séculos o veículo utilizado para a descriminação da
mulher de uma maneira cínica e oportunista por parte dos homens mas... não
estiveram sós: filósofos, pensadores, escritores, políticos, “tudo homens notáveis”, fizeram-lhes companhia como
continuaremos a ver através dos seguintes testemunhos:
- Feita
de Uma Costela Curva
-
No século XV, o religioso Dominicano alemão Jakob Sprenger inqui sidor geral e especialista em julgar e assassinar
bruxas, argumentava assim: - “Na composição da primeira mulher havia uma
falha, pois foi feita de uma costela curva, curvada, como se fosse em direcção
contrária à do homem. E, como por culpa dessa falha, ela é um animal
imperfeito, a mulher não pode senão enganar.”
- No século XVI, o professor de Teologia francês Jean Benedicti ensinava isto: - “A mulher que inchada de orgulho da sua inteligência, da sua beleza, dos seus bens, de seu parentesco, despreza o seu marido e não quer obedecer-lhe, rebela-se contra a sentença de Deus que quer que a mulher esteja submetida ao marido, que é mais nobre e excelente que a mulher, dado que é a imagem de Deus e a mulher é apenas a imagem do homem.”
- No século XVIII, Jean Jaques Rousseau, um dos teólogos da Revolução Francesa, fazia estas considerações: - “A educação da mulher terá de ser organizada em relação ao homem: para ser agradável à sua vista, para conqui star o seu respeito e amor, para educá-lo durante
a sua infância e maturidade, aconselhá-lo e consolá-lo, fazer sua vida
agradável e feliz. Tais são os deveres da mulher em todo o momento e isto é o
que lhe deverá ser ensinado quando é jovem.”
- No século XIX, Pierre Proudhom, filósofo francês, considerado um importante reformador social afirmava: - “A mulher é uma espécie de termo intermédio entre o homem e o resto do reino animal… Na ordem mental, como geracional, a mulher não acrescenta nada de pessoal: é um ser passivo, enervante, de conversação e carícias esgotantes. Deve fugir dela quem desejar conservar na sua plenitude as energias corporais e espirituais. A mulher é homicida.”
A excepção do pensamento oficial católico emanado do Vaticano – o Poder Institucional mais machista do Ocidente – foi no Século XX, foi cada vez mais “politicamente incorrecto” permitindo que homens famosos, escritores e pensadores, possam expressar-se tão patriarcalmente como se expressaram sábios e doutores ao longo de séculos. Sem dúvida, até hoje são muitos os que assim continuam pensando e, por isso, actuam a partir destas ideia.
- No século XVI, o professor de Teologia francês Jean Benedicti ensinava isto: - “A mulher que inchada de orgulho da sua inteligência, da sua beleza, dos seus bens, de seu parentesco, despreza o seu marido e não quer obedecer-lhe, rebela-se contra a sentença de Deus que quer que a mulher esteja submetida ao marido, que é mais nobre e excelente que a mulher, dado que é a imagem de Deus e a mulher é apenas a imagem do homem.”
- No século XVIII, Jean Jaques Rousseau, um dos teólogos da Revolução Francesa, fazia estas considerações: - “A educação da mulher terá de ser organizada em relação ao homem: para ser agradável à sua vista, para con
- No século XIX, Pierre Proudhom, filósofo francês, considerado um importante reformador social afirmava: - “A mulher é uma espécie de termo intermédio entre o homem e o resto do reino animal… Na ordem mental, como geracional, a mulher não acrescenta nada de pessoal: é um ser passivo, enervante, de conversação e carícias esgotantes. Deve fugir dela quem desejar conservar na sua plenitude as energias corporais e espirituais. A mulher é homicida.”
A excepção do pensamento oficial católico emanado do Vaticano – o Poder Institucional mais machista do Ocidente – foi no Século XX, foi cada vez mais “politicamente incorrecto” permitindo que homens famosos, escritores e pensadores, possam expressar-se tão patriarcalmente como se expressaram sábios e doutores ao longo de séculos. Sem dúvida, até hoje são muitos os que assim continuam pensando e, por isso, actuam a partir destas ideia.
Também
A misoginia, o machismo, a discriminação das mulheres não é monopólio da cultura judaico-cristã. Vem muito mais de trás, é anterior às Escrituras Bíblicas.
Há que situar o início e o predomínio crescente da injusta cultura patriarcal há uns 10.000 anos, quando a humanidade descobriu a agricultura e se desenraizou da natureza para se sentir dona e sua dominadora. Começou, então, a acumular grãos, inventou a guerra para defender os celeiros onde guardava esses grãos e em consequência iniciou a adoração de deuses masculinos e bélicos que justificaram essas guerras.
Até hoje somos herdeiros dessa cultura androcêntrica (centrada em valores masculinos) na qual o centro é o varão e o valor supremo é o masculino.
Textos similares aos da cultura judaico-cristã aparecem em textos filosóficos e religiosos na Grécia e na poderosa Roma. Também dominam no Corão, livro sagrado do Islão, na literatura dos sábios e em manuscritos de fundadores de distintas religiões orientais.
Vejamos alguns exemplos:
- No século V A.C. pode ler-se no Panchatandra indú: - “Tais são as virtudes das mulheres: um monte de vícios.”
- No século VI A.C., Confúcio, que promoveu na China uma nova religião, dizia: - “A mulher é do mais corruptor e do mais corruptível que há no mundo.”
- No século VII A.C. Sólon, legislador ateniense, um dos sete sábios da Grécia afirmava: - “O silêncio é o melhor adorno das mulheres.”
- No século VII A.C., Buda dizia: - “A mulher é má. Cada vez que se apresente a ocasião, a mulher pecará.”
- No século VIII A.C., Zaratustra, reformador da religião persa, ordenava às mulheres: - “Devem adorar o homem como uma divindade. Nove vezes pela manhã, de pé ante seus maridos, com os braços cruzados, devem repetir: “que queres, senhor meu, que faça?”
- No século IV D.C., o grande filósofo Aristóteles fazia esta consideração: - “A natureza só faz mulheres quando não pode fazer homens.”
- No século V D.C., o dramaturgo grego Eurípedes, afirmava: - “Não há no mundo nada pior do que uma mulher, excepto outra mulher.”
- O grande estadista ateniense Péricles sentenciava: - “As mulheres, os escravos e os estrangeiros não são cidadãos.”
A história de Adão e Eva no paraíso aparece também no Corão.
- No século VII D.C., o Corão, na Sura 4, versículo 38, diz: - “Os homens são superiores às mulheres porque Deus lhes outorgou o predomínio sobre elas. Os maridos que sofrem a desobediência de suas esposas, podem castigá-las, deixá-las sós nos seus leitos, e até mesmo golpeá-las.” Na Sura 24, versículo 59: “Deus não legou ao homem calamidade mais perniciosa que a mulher.”
Como se vê, todos afinam pelo mesmo diapasão: Uma concertação
total de opiniões que só recentemente, através da luta das mulheres em
movimentos feministas, caiu finalmente, e com estrondo, por tudo aqui lo que é hoje a participação da mulher na
sociedade em todos os sectores de intervenção, em muitos deles superiorizando-se
em número, aos homens, excepção feita à política, altas finanças e grandes grupos
económicos mas… lá iremos.
Amanhã poremos termo a este tema com a EVA NEGRA.
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