quinta-feira, novembro 21, 2013

Essa tem muita graça!....
A Primeira 

Gargalhada

(continua 3)


O riso é um mecanismo altamente eficaz para levar os membros de um grupo a sentirem o mesmo ao mesmo tempo.

Pensemos num sinal eléctrico a percorrer uma célula nervosa. Quando chega ao fim, provoca a libertação de substâncias químicas no minúsculo espaço (a sinapse) entre células nervosas, o que, por sua vez, faz as células adjacentes dispararem, propagando o sinal.

Agora pensemos em alguém a rir. Se o riso tem lugar num contexto apropriado, leva espontaneamente outros a rirem-se até todo o grupo estar a rir.

A propagação do sinal é quase tão rápida e automática como a propagação de um sinal eléctrico de uma parte de um determinado cérebro para outra.

Se o riso tem lugar num contexto inapropriado (por ex. num funeral), provavelmente vai provocar um olhar reprovador por parte do resto do grupo e quem ri depressa se vai dar conta do erro.

É difícil pensarmos em nós como neurónios de um cérebro de grupo, mas é isso precisamente que temos de fazer para compreender plenamente o que significa fazer parte de um organismo de grupo disperso.

Quando é apropriado, o riso provoca a boa disposição de toda a gente, como sabemos por experiência própria. Mecanicamente, o cérebro liberta um cocktail de químicos semelhantes aos que se tomam artificialmente quando se quer passar um bom bocado com o ópio ou a morfina.

Ao contrário do riso, consumir estas substâncias faz-nos sentir bem sem nos levar a agir bem.

É que ao fim de uma infinidade de anos de evolução, estes químicos só se libertam naturalmente quando nos fazem agir de uma maneira que aumenta a nossa capacidade de sobrevivência e reprodução.

No que diz respeito aos químicos do cérebro, a mãe natureza sabe o que faz...

Por que motivo a boa disposição aumentou a capacidade de sobrevivência e de reprodução dos nossos antepassados, veremos amanhã.
(Continua) 

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