terça-feira, novembro 19, 2013

Sorriso de Chimpanzé



A Primeira 

Gargalhada
(continuação 1)









O riso é facilmente reconhecível, apesar das variações individuais e culturais. Rir é contagiante. O simples som dá-nos vontade de rir. Finalmente, rir é agradável. Põe-nos de bom humor e faz-nos agir de uma forma diferente.

Se alguma coisa se pode considerar uma capacidade geneticamente nata que exige uma explicação evolutiva é o riso.

Há dois mil anos que o riso é estudado e observado, por Aristóteles e Darwin, entre outros. Nos bebés, o riso pode ser provocado por cócegas e jogos de palavras e nos adultos por anedotas.

Ele irrompe espontaneamente mas também é usado de forma estratégica. Pode ser usado para invocar bons sentimentos ou como um instrumento de agressão.

Terão fenómenos tão diversos uma explicação única?

Com a Primatologia aprendemos que os nossos parentes símios se envolvem em jogos de cócegas e perseguições acompanhados por uma expressão facial e um som ofegante muito semelhante ao riso humano.

As maravilhosas fotografias de primatas apresentadas por Frans de Wall no seu livro My Family Album incluem uma de um bonobo adulto a fazer cócegas no estômago de um macho adolescente, cuja boca está muito aberta numa grande gargalhada, inconfundível para o observador humano.

Assim, o riso humano tem um precursor nos símios que ocorre durante as interacções de pares que brincam o que contrasta com a linguagem humana, que não tem precursores óbvios nos macacos.

Há dois tipos de riso diferente:

 - O Riso Duchenne que é uma reacção espontânea e carregada de emoção às brincadeiras nas crianças e às situações que despertam humor nos adultos, como as anedotas, os trocadilhos e as peripécias de uma comédia, que partilham todas as características da incongruência e do inesperado num ambiente social seguro.

 - O Riso Não Duchenne é mais estratégico, menos espontâneo, e nem sequer precisa de ser acompanhado pelo humor.


Site Meter